Neste domingo (06), cerca de 376 mil universitários de 8,8 mil cursos superiores devem participar do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). A prova é utilizada pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar a qualidade dos cursos superiores.
O exame é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e a participação dos alunos selecionados é obrigatória. Quem faltar à prova fica impedido de colar grau e, consequentemente, obter o diploma de conclusão do curso.
O exame deve acontecer as 13h, mas um grupo de universitários vinculados ao Fórum Nacional de Executivas e Federações de Curso (Fenex) promete boicotar a realização do Exame, os integrantes dizem que incentivarão os alunos a entregar as provas em branco como forma de protesto. Segundo o dirigente estadual do PSOL e concluinte de História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), este método de avaliação “só promove um ranqueamento desigual entre o ensino público e privado, desrespeita as características regionais e não avalia o ensino superior”, afirma o estudante.
Tudo bem que esses testes, como quaisquer outros, não são perfeitos na avaliação do ensino, mas com certeza têm sua importância. Posso estar falando bobagens, já que estou apenas no ensino médio, mas dizer que esse exame “só promove um ranqueamento desigual entre o ensino publico e privado e desrespeita as características regionais” soa mais como um radicalismo de pessoas com medo de ter a qualidade do ensino de sua faculdade e seu conhecimento testados. É preciso deixar de ingenuidade, pois o primeiro passo para melhorar é reconhecer as nossas falhas. Além disso, queremos mesmo que as faculdades, publicas ou privadas, funcionem sem ser testadas? É preciso lembrar que muitos dos alunos destas serão os futuros professores das escolas públicas e privadas. Entretanto, acho um pouco exagerada a medida de que os escolhidos, caso não realizem o teste, fiquem impedidos de se formar.