No dia em que o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, chega com sua diretoria a Petrolina para anunciar investimentos e ouvir reivindicações da população, mais um problema relacionado à infraestrutura tira o sossego dos moradores do bairro São Gonçalo, na zona oeste.

O foco da questão é a avenida Simão Durando, principal ligação entre São Gonçalo e demais bairros da área, onde um esgoto a céu aberto tem sido alvo de constantes protestos.

Segundo o comerciante José Wildenberg André, a prefeitura alega que o problema é da Compesa, que por sua vez o devolve para o município. “Fica nesse jogo de empurra, e quem sofre é a gente”, lamenta.

Em relação à prefeitura, José Wildenberg garante que o ultimo trabalho feito na avenida foi durante a gestão de Fernando Bezerra Coelho/Odacy Amorim, quando o então secretário de Infraestrutura, César Durando (filho do ex-prefeito Simão Durando, que dá nome à avenida), determinou a pavimentação à base de concreto no trecho da avenida.

“De lá para cá nenhum serviço de manutenção foi feito, e só piorou. E com as chuvas tudo fica alagado, provocando acidentes, porque a avenida está cheia de buracos. Um carro já capotou aqui. Tudo bem que o cara estava meio embriagado, mas os buracos também ajudaram”, disse Wildenberg, acrescentando que na mesma situação está a Rua 19 (a do posto de saúde).

A Compesa também não escapa das críticas. O comerciante revela ter acionado várias vezes a empresa para sanar o problema do esgoto, mas até hoje nada foi feito. “Ele vêm aqui, olham e fazem de conta que limpam”, desabafa. Mostrando a mesma indignação, outro comerciante, João de Deus Barros, disse estar vendendo o bar que tem no trecho da avenida, porque já perdeu clientes. “Vou embora, não tenho como viver no meio dessa ‘lagoa’ fedorenta”, completa.