A Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC) planeja para o mês de agosto uma campanha voltada à conscientização dos profissionais que prestam o serviço de mototáxi em Petrolina. Num primeiro momento as blitzes serão educativas, mas depois as ações punitivas passarão a acontecer. Quem deu a informação foi o diretor-presidente do órgão, Paulo Valgueiro, em entrevista ao programa Conexão Verdade (A Voz do São Francisco/Emissora Rural) desta sexta-feira (29).

Segundo Valgueiro, a campanha será divulgada intensamente nos meios de comunicação locais. Sobre os mototaxistas ainda recaem muitas reclamações de usuários – e também de motoristas – em relação a manobras arriscadas no trânsito, praticadas por esses profissionais. A ultrapassagem pela direita é uma delas. A iniciativa, explica o diretor-presidente, tem justamente o objetivo de fazer o mototaxista entender que precisa ter uma conduta exemplar quando estiver, sobretudo, conduzindo um passageiro. “Por enquanto vamos apenas orientar os mototaxistas. Mas depois disso, caso cometam infração, eles serão notificados”, salientou Valgueiro.

Ele também explicou que as motocicletas que prestam o serviço em Petrolina ainda não possuem placa vermelha devido a critérios exigidos pela 8ª Ciretran (vinculada ao Detran-PE). Um desses critérios é um curso de qualificação – com duração de seis meses – ao qual os mototaxistas precisam se submeter para provar serem aptos para a função. Essa etapa, informou Valgueiro, já está sendo concluída.

Outro ponto que espera resolver diz respeito à polêmica dos preços cobrados por trajeto. Ele informou que a EPPTC vai confeccionar um adesivo com o valor tabelado da corrida (até R$ 4 durante a semana, e até R$ 6 aos finais de semana, no perímetro urbano), juntamente com um número de telefone, que ficará visível ao passageiro no capacete do mototaxista, caso ele precise fazer alguma reclamação.

Sobre os pontos fixos de mototáxi, o titular da EPTTC garantiu que serão padronizados. A questão é que na cidade já existem 120 pontos, e para realizar a tarefa seriam necessários recursos consideráveis – o que ficaria pesado se a prefeitura agisse sozinha. Por isso a EPTTC está buscando parceria junto ao empresariado local. “Deixaríamos um espaço reservado no ponto para a propaganda da empresa que nos ajudasse”, disse Valgueiro, admitindo que o processo de padronização pode obrigar o órgão a relocar alguns pontos.

O diretor-presidente ressaltou, ainda, que a EPTTC vem dispensando toda a atenção aos taxistas, que se sentem prejudicados com a concorrência das motos. Ele revelou já ter atendido a um pedido da categoria de reajustar a corrida, cujo valor era o mesmo de quatro anos atrás. Também acatou que a frota de táxis fosse mudada da cor branca para a prata. Essa mudança começou em 2009 e deve ser concluída em cinco anos, quando os últimos táxis brancos devem sair de circulação.