Aprovado por oito votos a zero ontem (15) na Casa Plínio Amorim, o projeto de lei 027/2001, de autoria do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), criando um serviço de ouvidoria na saúde, recebeu emenda do vereador Alvorlande Cruz (PRTB).
Alvorlande pediu que os funcionários dessa ouvidoria não poderiam ser cargos comissionados. Nada mais coerente. “Como é que os comissionados vão dizer que estão faltando medicamentos nos postos?”, justificou o vereador, que foi atendido pelos demais colegas.
Até aí, nada demais. O que chamou atenção foi outro detalhe: em entrevista ontem a Cláudio Farias (A Voz do São Francisco/Emissora Rural), Alvorlande revelou ter recebido apoio, em sua emenda, até do líder governista Dr. Pérsio Antunes (PMDB).
Isso mesmo. Até Dr. Pérsio concorda que um serviço de ouvidoria composto por cargos comissionados seria o mesmo que contratar um funcionário para falar mal do próprio chefe. É mais uma desfeita que o líder governista apronta para o prefeito, em menos de duas semanas. A primeira, vocês lembram muito bem, foi ter cobrado satisfações da secretária Lúcia Giesta (Saúde), na tribuna da Casa, acerca da suspensão das cirurgias cardíacas em Petrolina.
Mas não foi o próprio Dr. Pérsio que disse, na última sessão ordinária, terça-feira (13), que o relacionamento entre ele e o prefeito continua firme e forte? Desse jeito?



Se for comissionados tem a vantagem de serem lugares que podem ser ocupados rapidamente sem precisar de concurso, o concurso poderia ser feito depois.