Autor de requerimento propondo uma audiência para discutir a questão da segurança pública em Petrolina e Juazeiro da Bahia, o vereador Adalberto Filho ‘Betão’ (PSL) abriu há poucos minutos o debate na Casa Plínio Amorim.

Em suas primeiras palavras, Betão, lamentou os últimos fatos ocorridos na cidade – o corpo de um menino de 10 anos, encontrado carbonizado num matagal do bairro Pedra Linda, e o assassinato de mais um mototaxista, José Dionízio, no São Gonçalo (ambos na zona oeste da cidade).

“Estamos todos amedrontados com essa onda de violência”, afirmou Betão. Segundo o vereador, um dos motivos para o aumento da criminalidade em Petrolina tem relação com o êxodo rural, já que muitas pessoas mudaram-se da zona rural para a urbana, mas a infraestrutura do município em áreas como saúde e habitação não acompanhou esse crescimento. O vereador lembrou ainda que a cidade baiana passa pelo mesmo problema.

Betão não deixou de criticar o premiado programa ‘Pacto Pela Vida’, implantado na gestão do ex-governador Eduardo Campos para reduzir os índices de violência no estado. Para o vereador o Pacto já precisa “de uma reavaliação” em seu modus operandis. Ele também ressaltou que as Polícias Militar e Civil precisam de melhores condições de trabalho, a exemplo de coletes à prova de bala, e de um aumento no efetivo compatível com a área de sua abrangência no Sertão.

O vereador voltou a cobrar um batalhão exclusivo da PM para Petrolina. Participam da audiência diversas autoridades policiais e políticas das duas cidades.