Em artigo, músico juazeirense fala de política e critica oportunismo de “velhas raposas” em movimentos contra Dilma

por Carlos Britto // 12 de abril de 2015 às 21:32

MauriçolaO cantor e compositor Maurício Dias, o ‘Mauriçola’, envia um artigo ao Blog no qual fala de sua relação com a política.  E aproveita para criticar o que chama de oportunismo de “velhas raposas“, lembrando que manifestantes devem seguir suas próprias ideologias, e não serem “conduzidos por nada ou ninguém”.

Acompanhem:

Trata-se de um extremo exercício explícíto de irresponsabilidade, covardia e ignorância o oportunismo de “velhas raposas” no galinheiro eterno do “planalto central” ficarem convocando jovens e movimentos pré-organizados pelo “Fora Dilma”. Eles, agora imaculados pela descoberta quase tardia da absoluta corrupção secular nos “tristes trópicos” do Brasil. Eles que roubaram o povo brasileiro desde a velha “Petrobras” do hoje também quase herói Getúlio Vargas, quando o carnaval carioca ainda era por esta avenida inundada de alegorias sujas, na ala dos ladrões “coxinhas” daquele tempo que enriqueceram roubando o povo brasileiro, protegidos pelos generais e os tanques sucatas do golpe de 64. Polícia Federal era “fulera”, só prendia alguns “subversivos ” em nome da “segurança nacional” indicada pelo “SNI” “Dops” “Doi-Codi” “Parasar”, que eram os órgãos estrelas daquele tempo tenebroso.

Polícia Federal hoje prende traficantes, políticos, empresários e está no topo das investigações para botar na cadeia os que roubaram o Brasil nos últimos 12 anos. E que bote mesmo, embora os que “pilharam” o nosso país nos anos da ditadura estejam agora nas ruas, no meio de jovens apartidários gritando “pega ladrão” do PT, entre lobões e bolsonaros anistiados.

Ficam eles postando que mais de 53 milhões de brasileiras e brasileiros que votaram na presidenta Dilma também roubaram a Petrobras” e fizeram parte do mensalão. Cito, por exemplo, algumas insinuações fanáticas daquele caboré vesgo “mauricinho-coxinha” da “TFP”, infiltrado, da revista “veja” – Reinaldo Azevedo.  

Eu não nego meus erros, minhas imperfeições e inquietude, não me escondo, o meu inconformismo me consome. Entrei mais consciente em campanhas políticas na eleição do governador Waldir Pires em 1987, embora o meu candidato a deputado estadual em Juazeiro,Joseph Bandeira, tinha o apoio de ACM, Etelvir Dantas e Jorge Khoury. Eu era apenas um fazedor de “jingles” e compositor engajado na “tropicália”, era uma cara de esquerda em São Paulo, que fazia campanha contra Jânio Quadros e Maluf e um meia direita em Juazeiro por causa da política familiar local.

Pra terminar, ressalto que sou de cara,coração e consciência um cidadão honesto aos 59 anos do tempo regulamentar da minha existência. Passei pelo poder e não “meti a mão”,não tenho bens, não tenho casa própria,nem  terreno, tenho dois filhos, juntei amigos e paixões, um violão, e nenhuma “nega Tereza” está no momento no meu coração. E aí ficam alguns  “fakes” covardes e seus comentários escatológicos em “blogs” e ligando para uma rádio com nome falso; querem me juntar  nesta “horda” hedionda de vaidade e conveniências, oportunismo,corrupção disfarçada, só porque desembarquei daquele navio em seu próprio mar e fui votar e fazer campanha para o deputado federal Daniel Almeida, do PCdoB, apoiado pelo prefeito Isaac Carvalho. Sou mesmo “fazedor de “jingles”- e eles são mesmo poderosos, esperem para ver –  tenho o sagrado direito de sustentar minha família, já tenho neto e tudo que ganho da política dou em troca com o meu trabalho de criação, minha voz, minha participação direta,meu envolvimento.

A manifestação é sagrada. Eu fui para o “Fora Collor”, mas nunca fui para o “Fora FHC”. E se alguém quiser ir para o “Fora Dilma” que vá, pode ir, mas vá sozinho consigo mesmo, não seja conduzido por nada ou ninguém, nem um partido, nem bandeiras amarelas ou vermelhas, vá pelo que você ama de verdade e acredita desde o fundo da sua alma mortal, verdadeira.

Eu vou continuar fazendo música e política sem medo, sem ser candidato e estarei com absoluta certeza, no cenário de 2016, com gosto de gás na voz e no coração, admitindo um certo pragmatismo para sobreviver e  aceitando qualquer desafio,em qualquer lugar, cara a cara com qualquer um desses “enrustidos” que me ofendem sem atingir, sequer, um fio de cabelo da minha alma mortal e imperfeita, “libertina” por natureza.

Peço perdão pela dureza e desabafo deste meu coração de leão, que só anda comendo galinhas porque sonhos não desistem. Ideologia? Continuo procurando uma pra viver…! De olhos abertos, bem abertos.

Maurício Dias Cordeiro/compositor     ​

Em artigo, músico juazeirense fala de política e critica oportunismo de “velhas raposas” em movimentos contra Dilma

  1. Marcondes Pinheiro disse:

    Esforçado esse rapaz, mas não tem moral para falar de política!

  2. Bingo disse:

    Ė o retrato da desesperança. Mauricio vem pra rua!

  3. Comentador, Aquele que Comenta! disse:

    Mauriçola não temos que preocupar pois como em todo país a manifestação de ontem dia 12 foi o maior fracasso, mas ELES já estão acostumados com as derrotas e fracassos pois há 12 anos perdem as eleições e continuarão perdendo, não é porque uns roubam “pilham” empresas públicas devemos “taxar” que os demais fazem as mesmas coisas. O FORA DILMA caiu na descrença popular e cada vez mais fortalece o VOLTA LULA, 2018 está chegando vem vem vem Lula lá lá lá lá para alegrar o país.

  4. carlos nunes souza disse:

    E interessante você lembra de Santa Maria da Boa Vista, é isso mesmo as velhas raposas que você defendeu na Eleição Suplementar hoje afundaram a cidade e você no seu Juazeiro da Bahia.

  5. Comentarista disse:

    Continuem votando nas velhas raposas!

  6. João Ferreira disse:

    Srs Leitores do conceituado. Vivemos em momento democrático e. o que esse Sr posta, não condiz com a realidade pois, ele, na eleição de 2012, qdo os PTralhas de Juazeiro, capitaneados por outros da capital do estado, impediram a candidatura de Joseph, a prefeitura de Juazeiro, Mauriçola, em alto e bom som, em um ato publico no bairro alto da maravilha, fazendo uso da palavra, disse em alto e bom som, de que estava decepcionado com o PT, cuja a ex-agremiação(hoje falam que é outra coisa), era filiado e, que em data oportuna, em praça publica, iria queimar sua ficha de filiado.Até aí tudo BEM.O que é respeitado e, não aceito, é fato do mesmo, tecer comentos sobre um assunto em que todos sabemos é a sociedade organizada, que perplexa ante atitude de parte lideres PTistas que outrora, diziam serem contra a corrupção, após assumirem o governo da nação, fazem igual ou pior aqueles que antes eram por eles criticados, se alinharam aos piores politicos da nação, ditos pelos proprios,ex- MALLUF, COLLOR, RENAN CALHEIROS etc…, ele em Juazeiro, está nos braços ou bolso do Carlista Isaac. De modo que como cantor e compositor, o admiro, porém, esta materia por ele colocada, faz-me até a pensar que algo muito estranho, deva estar ocorrendo com ele, que outrora amava Juazeiro e, com tal atitude, rasga propria identidade. Muito triste, Vem pra tua Mauriçola,e, mais uma vez mostre a sua cara, sua verdadeira cara pois, se for essa, fico triste em saber que também foi coaptado pelo prefeito incompetente, como vc mesmo já disse em praça publica.Que pena.

  7. Alfredo Moreira de Oliveira - Juazeiro - BA disse:

    Mauriçola, continue com sua fábrica de jingles. E alguma sinecurazinha alcançada às custas do seu provincianismo polîtico. Em matéria de música você é honesto, pois reconhece ser um fazedor de jingles. Em matéria de política – eu tenho minhas dúvidas.

  8. erico disse:

    Parabéns pela perspicácia e lucidez na definição deste momento.

  9. Ailton disse:

    E quem não é raposa velha na politica? precisa mudar a essência, a fragância da politica!!

  10. edinaria disse:

    QUE MORA TEM ESSE CARA PRA FALA DE POLÍTICA.

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Últimos Comentários

  1. Era tão articulado que foi eleito sem voto pelos militares. Não ganhou por mérito próprio, foi imposto.