Dossiê elaborado pelo Conselho Regional de Medicina (Cremepe) revela um cenário de total precariedade nas três unidades do Instituto de Medicina Legal (IML) em Pernambuco. O dossiê mostra a situação do Instituto de Petrolina, além dos de Recife e Caruaru .

O relatório detalha os problemas de infraestrutura, que tornam o exercício da medicina legal no Estado uma verdadeira via-crúcis, além de evidenciar a defasagem de efetivo dos médicos-legistas. Segundo o presidente do Cremepe, André Longo, o documento foi entregue na última sexta-feira à Secretaria de Defesa Social (SDS) e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

O quadro mostrado pelo relatório é impressionante. “O IML tem sido negligenciado por sucessivos governos. É urgente que o governo invista na estrutura. Como está, não há nenhuma condição de se fazer um trabalho de qualidade”, declarou o presidente do Cremepe. De acordo com Longo, o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, se comprometeu com o órgão e com a Associação Pernambucana de Medicina e Odontologia Legal em iniciar uma reestruturação do instituto. “Esta foi um dos requisitos para o fim da operação-padrão”, afirmou Longo. “A abordagem de Damázio, que reconheceu os problemas, foi positiva”, comentou.

O relatório aponta um cenário precário nos prédios do IML. Não há central de esterilização nem lavanderia em nenhuma dos três locais. Exames imprescindíveis para a medicina-legal, como o DNA e a ultrassonografia não são realizados nas unidades. O relatorio mostra também  que em Petrolina a sala de exames clínicos não possui maca nem pia. As informações são do JC Online.