A audiência pública que debateu os preços dos combustíveis em Petrolina, realizada na manhã desta quinta-feira (19) na Casa Plínio Amorim, foi marcada pelo jogo de “empurra”. Ninguém dos convidados presentes ao encontro justificou, de fato, o porquê do litro da gasolina e do álcool vendido na cidade ser tão mais caro do que em outras parte do estado. No debate, que começou por volta das 9h e só terminou depois das 14h, vários questionamentos foram levantados. Um dos mais incisivos foi o da deputada estadual Isabel Cristina (PT).
Ela informou, por exemplo, que enquanto a diferença de preços da gasolina vendida pelos postos da Região Metropolitana do Recife é de 11%, em Petrolina essa diferença é de apenas 2%. “Isso é cartelização”, alfinetou. A deputada criticou também a média de lucro dos donos de postos na cidade, que chega a 60 centavos por litro do combustível, e sugeriu que cada posto exponha de forma bem clara ao consumidor uma tabela de preços sugerida pela Petrobras – a principal distribuidora dos combustíveis na região.
A informação de Isabel Cristina, contudo, foi contestada por Cleber Barros, um dos donos de postos presentes ao debate. Segundo ele, a margem de lucro citada pela deputada não corresponde à realidade. “Compramos a gasolina a R$ 2,55 e vendemos até R$ 2,98”, garantiu. Ele disse ainda que não pode “vender barato o que se compra caro”, atribuindo parte da responsabilidade à base secundária da Petrobras em Juazeiro, de onde os combustíveis são comprados pelos proprietários de postos da região.
Cleber atribuiu a uma “série de fatores” os atuais preços cobrados pelos combustíveis em Petrolina – entre eles o número excessivo de postos. Para se ter uma ideia, em 2001 havia 15 postos na cidade. Atualmente são 52. “Nesse mesmo período a frota de veículos de Petrolina aumentou 40%, enquanto os postos triplicaram”, revelou. Cleber também considera injusta a acusação sobre uma suposta cartelização de preços nos combustíveis vendidos na cidade. “O Ministério Público já investigou e nada ficou provado. Somos tão vítimas quanto a população”, desabafou.
O gerente regional da BR (distribuidora da Petrobras), Álvaro Lins, também se defendeu. Ele disse, em primeiro lugar, “estar havendo uma confusão” em relação ao assunto, já que o aumento no valor dos combustíveis foi sentido não apenas em Petrolina. Ele informou que o álcool anidro, o qual possui 25% combinado à gasolina, aumentou 180% em menos de um ano. “Isso refletiu um reajuste de 40 centavos no litro da gasolina, mas o mercado é livre e os preços das distribuidoras e dos revendedores (postos) estão no site da ANP (Agência Nacional do Petróleo) ”, disse.
Sobre os preços praticados em Petrolina, Álvaro justificou que apesar de existir uma base secundária de distribuição da Petrobras em Juazeiro, o transporte dos combustíveis seria o responsável por encarecer o preço dos produtos. Mas ressaltou que a BR não tem gerência sobre os valores cobrados pelos revendedores. Ele adiantou ainda que a Petrobras “está antecipando descontos” nas novas compras de combustível, a fim de evitar reajustes ao consumidor.
Responsável por levantar a questão dos preços de combustíveis, o deputado estadual Odacy Amorim (PSB) informou que um requerimento será elaborado por um grupo de deputados da Assembleia Legislativa, e encaminhado à Coordenadoria de Defesa da Concorrência da Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP), para que o órgão realize um levantamento minucioso nos postos de combustíveis de Petrolina, visando descobrir por que a cidade cobra algo em torno de 40 centavos mais caro no litro da gasolina do que no restante do Estado. Pelo depoimentos que ouviu, Odacy disse se tratar de uma “concorrência desleal”, já que o frete da gasolina comprada à Petrobras não custa mais do que dez centavos o litro. “Acreditamos que Petrolina esteja sendo tratada de forma diferenciada pela Petrobras”, avaliou o parlamentar, ao final do debate.
Também participaram da audiência o líder do Governo Eduardo Campos, deputado Waldemar Borges, o presidente do Sindicato dos Combustíveis de Pernambuco, Frederico Aguiar, os representantes do Procon e da Secretaria da Fazenda do estado, os vereadores Cristina Costa, Maria Elena, Osinaldo Souza, Alvorlande Cruz, além de representantes de entidades de transportes da cidade.





TEMOS QUE AGRADECE OU DEP. ODACY MUITO ABRIGADO DEP.
No final deu em que essa audiência pública?
Apenas bla bla bla bla bla bla…
Não muda nada?
Continua a mesma safadeza?
Eita Petrolina sem futuro, isso aqui não tem jeito não!
Eu não sei nem pra que tanto arranca rabo, com tanta gente importante, pra nada.
Isto é uma indignação para o povo de Petrolina.
O grande culpado é mesmo o consumidor…
Britto, Patos-PI, é uma pequena cidade entre os municípios de Paulistana e Picos. Quando em Petrolina a gasolina atingiu + de R$ 3,00, em Patos-PI, custava R$ 2,87. A pergunta que não quer calar: Por que em Patos-PI a gasolina é mais barata do que em Petrolina?
Será que o opolo distribuidor para Patos-PI é mais póximo do que para Petrolina?
Isto para citar apenas um exemplo. Se olharmos bem ao nosso redor, muitos outros municípios têm gasolina + barata do que em nossa cidade.
Esse barulho todo serviu pelo menos para baixar 10 centavos no preço da gasolina. De 3,09 caiu a 2,99. Ainda uma das mais caras do país.
Tenha paciência, não tem como os donos de postos dizerem que não há cartelização, mesmo com todos os postos da cidade cobrando o mesmo preço. A melhor de todos foi o sujeito que culpou pelo preço abusivo o excessivo número de postos. Petrolina é o único lugar do mundo onde aumentando a concorrência o preço sobe e nivela por cima. Não há cartelização??, ah, faça-me o favor.
Na verdade, temos é que parar de abastecer em postos da Br distribuidora. Veja bem. O que vem ocorrendo no restante do brasil é que as pessoas estão evitando a bandeira petrobras, isso levou a estatal a baixar os preços.Logo, as demais distribuidora tb baixaram. Isso pôde ser visto por mim em dois postos na avenida da integração em petrolina. O posto Br baixou a gasolina para R$ 2,99, enquanto outro posto ainda cobrava R$ 3,10. Dois dias depois o outro posto baixou a gasolina para R$ 2,98. Isso funciona…Então diga não aos postos Br.
Acredito que o maior visão da história é a Petrobrás, que deveria custear o preço das despesas com transporte até a base de Juazeiro. Assim o preço final para o consumidor.
Muito movimento, mas resultado zero. Não vi diferença nenhum de preço!
Concordo com a Deputada Isabel Cristina.
Porque posto mais distantes que são atendidos pela mesma distribuidora vendem mais barato que os postos da zona urbana de Petrolina?
Já que sai mais barato comprar fora, porque os donos de postos não se juntam e compram a gazolina fora.
Vamos boicotar os postos BR que eu quero ver os preços não baixarem!
Dizer que a audiência pública não serviu para nada é tapar os olhos para a verdade. Concordo com Paulo Pereira, temos que boicotar os postos de bandeira BR. Seria interessante inclusive lançarmos um adesivo, onde demonstramos todo nosso repúdio ao preço que é cobrado aqui. Pior que a cartelização é pagar o combustível mais caro do Brasil. Quanto a sugestão do adesivo, quem se habilita…
essa tal de audiencia publia e historia para ingles ver, kkkkkkkkk.