Deputados da Alepe divergem sobre julgamento de Bolsonaro e denunciados

por Carlos Britto // 26 de março de 2025 às 09:54

Fotos: Roberta Guimarães/Alepe

O julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros acusados de tentativa de golpe de Estado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi tema de debate na reunião plenária desta terça (25). Bolsonaro é acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) de ser um dos mentores de uma trama golpista em 2022. A denúncia está sendo analisada pela Primeira Turma do STF, que deve definir até esta quarta (26) se o ex-presidente se tornará réu perante o tribunal.

O deputado João Paulo (PT) defendeu que a aceitação da denúncia da PGR pelo Supremo servirá como reafirmação da democracia no Brasil. “Não se trata apenas de punir o homem, mas de reafirmar os princípios básicos da democracia, que ninguém está acima da lei e tentativas de golpe não serão toleradas”, avaliou.

João Paulo citou opiniões de juristas para defender que processo contra Bolsonaro não é motivado por perseguição, mas “uma medida necessária para defender o país contra tentativas de ruptura institucional”. Para o deputado petista, o Brasil pode ser um modelo internacional no que se refere à reação contra tentativas de golpe.

Contestação

Por sua vez, Renato Antunes (PL) criticou a posição do STF em relação à condenação de quem participou dos atos de 8 de janeiro. De acordo com o parlamentar, há insegurança jurídica no Brasil, e o julgamento, que deveria iniciar na primeira instância, está sendo atropelado por interesses políticos.

O deputado alegou que a Justiça brasileira assume uma posição contraditória. Por um lado, Antunes apresentou casos em que acusados de crimes como corrupção, tráfico de drogas e assassinato responderam em liberdade. Por outro, ele lamentou o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que, no dia 8 de janeiro, pichou a frase “Perdeu, mané”, na estátua “A Justiça”, localizada em frente à sede do Supremo, na Praça dos Três Poderes. Ela está presa há dois anos e pode ser condenada a 14 anos de reclusão. O parlamentar opinou que Débora não apresenta perigo à sociedade, como consta no processo. “É necessário que haja anistia, apuração do devido respeito contra o processo legal, não podemos viver no Brasil uma ditadura do Judiciário”, concluiu.

Deputados da Alepe divergem sobre julgamento de Bolsonaro e denunciados

  1. Sempre alerta disse:

    Bando de desocupados, pernambuco com tantos problemas esses caras ficam discutindo outras coisas!

  2. O povo tá de olho disse:

    Comentar esse assunto e um risco, você pode ser retalhado. Antes da badalada redemocratizacao, o Brasil era um País onde se podia dormir com as portas abertas, corrupção? O indivíduo que a praticasse era banido da sociedade sem que fosse preciso qualquer processo judicial. Com a redemocratizacao, ser corrupto e STATUS, E SER CHIQYE. O Regime Militar não foi uma Ditadura, mas um freio de arrumação.Em 64 eu já tinha 16 anos, portanto posso falar disso com propriedade.

  3. Defensor da liberdade disse:

    Parem de espalhar fake news, Débora não foi presa por somente pichar uma estátua, mas por associação criminosa, Dano ao patrimônio público, abolição violenta do estado de direito, e golpe de estado, 4 crimes que somam a pena de 14 anos. É só não cometer crime que não vai preso oras, o Minto já dizia isso.

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  1. São frequentas as notícias sobre tombamento de caminhão com frutas, principalmente as mangas, imagino que seja por dois motivos:Carregamento incorreto…