No próximo dia 27, a partir das 9h, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Petrolina fará a primeira de suas assembleias mensais sem José Tenório no comando da entidade. Ele e a atual secretária de finanças, Maria do Carmo Lopes, pediram licença dos cargos para responderem às denúncias de irregularidades feitas por dois integrantes do sindicato, Henrique Ingrácio e Magno Ferreira.
Em nota enviada à imprensa, a diretoria executiva do STR/Petrolina considerou um gesto “de desprendimento e humildade” o fato de José Tenório e Maria do Carmo terem tomado a decisão. O presidente interino do sindicato, Antonio Nilson (foto), falou ao Blog e ratificou o posicionamento da entidade.
Para Antonio Nilson, o STR/Petrolina já existe há 48 anos e ganhou o estatus de ser o maior de Pernambuco e um dos principais do Nordeste. Portanto, não poderia ter o trabalho feito em prol da agricultura familiar, da pequena produção, dos assalariados rurais e das políticas públicas de base abalado pelos últimos episódios.
Ressaltando que ficará no cargo até o término das investigações do Ministério Público, Antonio Nilson disse que foi aconselhado a assumir o STR após reunião com representantes da Federação dos Trabalhadores em Agricultura no estado de Pernambuco (Fetape), na última segunda (13). Ele também conclamou os associados à entidade a participarem da reunião do dia 27, na qual todas as informações serão repassadas.
Antonio Nilson acrescentou também que ele e a diretoria executiva estão revendo contratos feitos pelo STR e adotando uma série de ações. Uma delas é a logomarca do sindicato nos veículos pertencentes à entidade, já que uma das denúncias recaem sobre gastos excessivos de combustível com os veículos, que estariam supostamente sendo utilizados em atividades que não exclusivamente relacionadas ao STR. “Todos os carros do sindicato estão adesivados e, a partir de agora os associados irão saber onde os carros estarão. Essa já foi uma medida que tomamos”, informou.
Sem polemizar, o presidente avaliou que as denúncias tiveram uma certa conotação política, mas demonstrou confiança em que haja um desfecho satisfatório para os fatos que repercutiram negativamente nos meios de comunicação locais.



