Criação do Estado do São Francisco ainda promete muita discussão

por Carlos Britto // 21 de maio de 2011 às 14:17

As discussões que começam a se formar acerca da criação do Estado do São Francisco, projeto de autoria do deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE), são apenas uma ponta do iceberg.

Levando-se em conta que o projeto passasse, outra polêmica certamente iria render muito por aqui: onde ficaria instalada a capital do São Francisco? Em Petrolina? Em Juazeiro?

Na época da criação da Univasf, essa novela já foi vista na região. Enquanto o então deputado Osvaldo Coelho (DEM), um dos principais responsáveis pela vinda da universidade,queria que ela levasse o nome apenas de Petrolina, outros parlamentares (incluindo Gonzaga) das bancadas pernambucana e baiana defendiam que se chamasse “Universidade Federal do São Francisco”. E assim ficou. Alguém duvida que não será da mesma forma com esse novo estado?

Criação do Estado do São Francisco ainda promete muita discussão

  1. Amaral disse:

    petrolina e juazeiro não fazem parte do projeto, o estado começa a partir de casa nova, nesse caso petrolina faria fronteira com o novo estado

  2. Pauo disse:

    Juazeiro ficaria honrada ao ficar ao lado da capital Petrolina.

  3. jair disse:

    Deveria-se criar uma CAPITAL PROJETADA, em ponto estratégico no novo Estado, nem Juazeiro, nem Petrolina, seria erguida uma capital DO MEIO DO NADA. Só acredito que a novo estado é COMPLETAMENTE BAIANO, se Pernambuco nem pode contribuir com terras para o novo estado, pois nem tem, deveria ficar quieto. Quem deveria erguir o projeto, se assim quissesse eram os baianos. Se for para criar um ESTADO DO SÃO FRANCISCO, Pernambuco teria que entrar com TODO AS TERRAS DO SEU ESTADO ONDE O RIO SÃO BANHA, ou seja, completamente Pernambuco inteira. É MOLE NÃO É DEPUTADO QUERER CRIAR ESTADO COM AS TERRAS ALHEIAS. CRIE COM AS TERRAS DE PERNAMBUCO.

    1. Andre disse:

      Vá estudar história estas terras pertencia a Pernambuco. Aquele imperador do inferno tirou de nós como represálias. Espero que ele esteja bem lá no inferno pra felicidade dos Pernambucanos.

    2. Renato Mendonça disse:

      Essas terras são pernambucanas.
      O castigo de Dom Pedro II deveria perdurar até 1917, e já se arrastou por 100 anos além do prazo.
      O que ocorre é que a população da comarca não se sente nem baiana, nem pernambucana mais. Daí os movimentos para secessão.

      1. Ernani Aldan Barbosa da Silva disse:

        Foi Dom Pedro I e não Dom Pedro II, que puniu com a perda do território da Comarca de São Franciso. Só que o mesmo alegou que iria devolver, pois achava injusto todos os Pernambucanos pagarem, por um grupo que fez uma revolta, mas o mesmo faleceu antes de cumprir a palavra e devolver as terras. No caso a revolta foi a Confederação do Equador em 1824, onde a pronvíncia de Pernambuco foi fortemente punida pois encabeçou essa revolta. E também Dom João VI, ja tinha punido Pernambuco na Revolução Pernambucana, em 1817, com a perda da comarca de Alagoas,, que tinha sido elevada a ser província em 1815 deixando de fazer parte de Pernambuco. Além de Pernambuco em 1799, ter perdido a paraíba, esta que foi extinta em 1756 e sua área foi anexada a Pernambuco entre 1756 até 1799. apesar de ser subordinada a Pernambuco desde 1709; Pernambuco perdeo Rio Grande do Norte em 1815 e e este fica fazendo parte da paraíba até 1918; E perde o ceará, em 1799 através de carta magna da rainha Maria.

      2. Ernani Aldan Barbosa da Silva disse:

        Foi Dom Pedro I. que puniu com a perda do território da Comarca de São Franciso. Só que o mesmo alegou que iria devolver, pois achava injusto todos os Pernambucanos pagarem, por um grupo que fez uma revolta, mas o mesmo faleceu antes de cumprir a palavra e devolver as terras e tbm já tinha abidicado do trono. No caso a revolta foi a Confederação do Equador em 1824, onde a pronvíncia de Pernambuco foi fortemente punida pois encabeçou essa revolta. E também Dom João VI, ja tinha punido Pernambuco na Revolução Pernambucana, em 1817, com a perda da comarca de Alagoas,, que tinha sido elevada a ser província em 1815 deixando de fazer parte de Pernambuco. Além de Pernambuco em 1799, ter perdido a paraíba, esta que foi extinta em 1756 e sua área foi anexada a Pernambuco entre 1756 até 1799. apesar de ser subordinada a Pernambuco desde 1709; Pernambuco perde o Rio Grande do Norte em 1815 e e este fica fazendo parte da paraíba até 1818; E perde o ceará, em 1799 através de carta magna da rainha Maria.

      3. Halerrandro Ferreira Da Silva disse:

        em 1979 o stf decidiu que esssas terras voltassem a fazer parte de pernambuco . mas no brasil nada funciona ainda fico puto porque pernambuco não durou muito como pais essa porra

  4. Jonas Ramalho disse:

    E quem seria seu primeiro Governador? Quem???

  5. GPIRES disse:

    Britto,
    com todo respeito!!! Vc falou um kilo e não deu pra entender um grama!!! O q tem a ver a criação da Univasf, seu nome com o novo estado que se pretende criar???

    Inclusive, Petrolina e Juazeiro estão fora do projeto, que contempla, na maioria, cidades do oeste baiano

  6. luiz disse:

    primeiro que esse estado so pega terras da bahia e segundo que no projeto a capital é barreiras na bahia.

  7. souza disse:

    Juazeiro como capital, seria a mais feia do mundo!!!

  8. baiano disse:

    Claro que Petrolina!!!!

  9. Ivan disse:

    Aos desavisados de plantão, essa região aonde se pretende implantar o Estado do São Francisco já pertenceu a Pernambuco. Passem a conhecer a história entre Bahia e Pernambuco, saibam que as terras que antes foi de Pernambuco e que perdeu para Minas, depois ficou em poder da Bahia. O Governo da Bahia tomou. Que Pernambuco fez uma revolução. Que os baianos ficaram contra esta revolução. Que os baianos mataram vários pernambucanos. Que o estado de Pernambuco perdeu grande parte de suas terras para a Bahia. Sabem em que época foi isso? Foi por volta de 1800, no tempo de D. João VI. Foi a Revolução Pernambucana de 1817. Era época de D. João VI. Então, pesquisem sobre um um mapa, que mostra as capitanias aquela época(1822) . Nele aparece como sendo de Pernambuco todo o oeste da Bahia. Mais tarde, em 1824, com a Confederação do Equador, liderada por Frei Caneca, o imperador Pedro I, num ato violentamente inconstitucional, anexou “provisoriamente à província de Minas Gerais e depois, também, “provisoriamente” a Bahia a nossa Comarca do Rio de São Francisco. Até hoje, Pernambuco reivindica todas as terras que lhe pertenceram, porém não sabemos se o Supremo Tribunal Federal julgou o feito ou simplesmente o arquivou.
    Como se verifica, se as terras das antigas Comarcas do Rio São Francisco e de Alagoas estivessem sob a circunscrição de Pernambuco, nosso Estado faria atualmente divisa com Tocantins, Goiás e Minas Gerais. Para maiores detalhes pesquisem no Google sobre ”
    Comarcas do Rio São Francisco

  10. Ivan disse:

    Para ser mais preciso pesquisem no Google “MAPA DE PERNAMBUCO DE 1817” Assim vocês saberão a verdade histórica.

  11. Patricio Nunes disse:

    Sou contra a criação desse estado parazita. Isso desviará os gastos com saúde, educação. Além de aumentar as oportunidades de corrupção. 100% Petrolina – PERNAMBUCO como muito ORGULHO

  12. Cleiton disse:

    Que discussão idiota!!!!!!
    Pra quê mais um estado no Brasil????
    AH! Talvez para se criar mais cargos público, mais gente para mamar nas tetas do estado!
    Mas terão que consultar o zé povim para isso se viabilizar (plebiscito).
    Meu voto é contra essa asneira.

  13. LEITOR ASSÍDUO disse:

    Para quem não sabe, Gonzaga é dep. federal eleito por pernambuco e legisla por todas as federações. Não só Pernambuco.

  14. Francisco Lopes disse:

    Deputado, faça uma emenda ao projeto incluindo Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria, Afrânio e Dormentes no Estado do São Francisco. E respondendo a pergunta cima: o primeiro governador seria Fernando Bezerra Coelho, com certeza!

  15. Herminio Coelho disse:

    O que acontece é que o oeste baiano está abandonado. Caso crie mais um novo estado e que o mesmo venha a ter corrupção, tem que dar esta oportunidade (no caso de um possivel plebiscito), só assim, essa região terá receita própria, tem que se tentar!. Já no caso de Petrolina ou Juazeiro ser a capital, acho um pouco inconsistente, pois as mesmas nem fazem parte do projeto, sou de Petrolina e moro aqui, adoro a minha terra, e devemos reconher que o polo Petrolina/Juazeiro é o mais desenvolvido ao longo desse Grande Rio, mas nós (Petrolina e Juazeiro) não podemos interferir nesse processo, não é porque no passado esse territorio pertenceu a PE, a capital deve ser Petrolina(infelizmente) até porque a população de hoje não é a mesma daquele tempo, o certo é: DEIXEM POVO DO OESTE BAIANO ESCOLHER.

  16. Eildo Coelho disse:

    A Bahia não consegue concluir alguns metros de ponte, igagine ser pilar para a criaçao do estado. Se brincar o lado Petrolinense vai gheagar ao tempo de uma revisão na ponte e a Bahia nem trmina a parte dela. Se for a bahia já tem pelo menos mai santo pra ser padroeiro que politici pra ser governador.

  17. Luiz Duarte disse:

    Não entender essa adoração pela Bahia ou por Pernambuco.

    Sou de Petrolina e até onde sei o estado não nunca se importou muito com essa região. Petrolina e Juazeiro praticamente foram construídas a partir de ações federais. Amo Petrolina e Juazeiro… Recife e Salvador são como parentes distantes. Sei quem são, mas quase nunca os vejo e quase nunca me ajudam.

  18. Caetano disse:

    Valeu Ivan pelo esclarecimento histórico da divisão geográfica do Estado de Pernambuco. Que sirva de exemplo aos blogueiros que só utilizam-se do espaço dos blogs para falarem asneiras. Pernambuco sempre foi um estado de povo decidido e isto, na época, incomodou muito a Coroa Portuguesa, por isso, a retaliação a Pernambuco pelas suas ações revolucionárias contra a exploração da monarquia ao povo brasileiro, principalmente, nordestinos. A Bahia, infelizmente, sempre decepcionou e ficava ao lado dos portugueses. Por isso, Pernambuco teve seu território extipardo em parte, pelo Império, e cedido à Minas Gerais e em seguida à Bahia. E quanto a polêmica: quem seria o governador e qual seria a capital, se Petrolina e Juazeiro estivessem na área do novo Estado, é simples, o governador seria Fernando Bezerra Coelho, vice Joseph Bandeira e a capital seria Petrolina e Juazeiro, sendo Juazeiro a periferia da capital, só assim, essa nobre cidade sofreria intervenções políticas para beneficiar seus habitantes e, enfim, saberia o que é desenvolvimento e organização. Não quero menosprezar a nossa querida coirmã Juazeiro, mas, é a realidade.

  19. Desconstruidor de Discurso disse:

    Não é bem assim. A concepção inicial da UNIVASF era Universidade Federal de Petrolina, porém para atrair o apoio da bancada baiana, defendeu-se a idéia de incluir Juazeiro. Porém Osvaldão nunca foi contra isso. O fato de ele ter iniciado a luta para trazer uma universidade federal para Petrolina, não quer dizer que ele tenha sido contra a inclusão de Juazeiro. No mais, a capital poderia ser as duas cidades, que passariam ser uma só, a futura capital do São Francisco. Apoio a idéia.

  20. Feeling disse:

    A maior área urbana, a mais famosa, a que tem mais história, a mais ligada ao São Francisco, a mais charmosa… JUAZEIRO!

  21. DANY SANTOS disse:

    Concordo com o Cleiton para que outro estado?Para ter que paga mais salarios exorbitantes para governador,prefeitos,deputados e vereadores?Para nao fazerem nada!O que tem que ser feito ‘e a populacao lutar pelos seus direitos e saber em quem votar.Porque o povo reclama porem o mais impressionante ‘e que na hora das eleicoes ainda um Patriota,Maful,Renan e assim vai sao ainda eleitos,entao acorda povo brasileiro vamos demostrar a esses politicos que se nao trabalhar na proxima nao tem mais vez!!!!!!!

  22. antonio disse:

    boa noite, para todosque são contra a criação do Estado, eu convido a todos para fazer uma visita a todas as cidades do futuro Estado, ai vocês vão entender a necessidade de criar o Estado,pois é uma região muito rica e sendo sugada pelo governo da Babia.

    por tanto façam um esforço e conheça as cidades e depois mim falem.

  23. Sérgio Ricardo Rodrigues disse:

    Pernambuco só vai na horizontal nos mapas que o mutilaram, em tudo é vertical (…) Aquela horizontal é enganosa; está só nos mapas; não diz de sua história e muito menos de sua casta. João Cabral de Melo Neto. Sim, Pernambuco foi maior, faziam parte as comarcas de São Francisco e das Alagoas. Alagoas tornou-se estado. São Francisco foi incorporado à Bahia. Está no mapa do Brasil de 1817. Sou sim, favorável ao que o oeste da Bahia dê origem ao Estado do São Francisco. Apenas tem uma coisa: como o território-mãe vota em caso de plebiscito (e é o nordeste, leste e sul da Bahia), ocorrerá o mesmo de Tapajós e Carajás, ainda que o povo dos municípios desmembrados quisessem a emancipação.

    1. Leonardo Fink disse:

      Isso, e complemento Sergio, Pernambuco era dividido em comarcas: Comarca do Ceará, Comarca do Rio Grande do Norte, Comarca da Paraíba, Comarca das Alagoas e a Comarca do São Francisco…. Todas essas comarcas, um dia foi um só estado, o estado de Pernambuco.! Isso justifica o porquê dos estados do extremo NE do brasil terem extenção territorial pequena, e a Ilha de Fernando de Noronha ser de Pernambuco ainda hoje. Pernambuco perdeu algumas dessas comarcas após insubordinação a coroa portuguesa.

  24. Vinicius disse:

    Seria melhor santa Maria da vitoria como capital, pois esta no centro do oeste, tem rio, espaço para crescer de forma planejada e ficaria de fácil acesso para todas as cidades do novo estado.

  25. Welligton disse:

    Estamos em 2018 e acho que a coisa esta enfraquecendo.. não devemos baixar a cabeça! Temos nossas riquezas, nossa identidade, queremos nossa liberdade! Queremos ser Estado do São Francisco! A Bahia ja tem muita coisa, nos deixem viver, nos deixem ser livres!

  26. Luiz disse:

    É pelo menos singular que, interrogados sobre a questão dos limites entre Pernambuco e Bahia, ventilada no Congresso de geografia de Belo Horizonte e que versa sobre a posse arbitrariamente transferida da primeira para a segunda das referidas províncias da comarca do Rio São Francisco — a título provisório e com caráter punitivo — os representantes da Bahia respondam sem hesitar que Pernambuco não tem razão e que se trata de terras baianas, e que os representantes de Pernambuco, entre eles o leacler do Sr. Borba, “se escusaram a dar opinião a respeito”, segundo reza o telegrama |o Jornal do Recife, de 16 do corrente.

    Será porque o Sr. Dr. Gonçalves Maia se constituiu o advogado por excelência dos direitos de Pernambuco? O nosso espírito político é assim feito de miudezas, que quanto faz o adversário é ruim: os dantistas procederiam da mesma forma se o advogado fosse o Sr. Dr. Andrade Bezerra. De fato, um pernambucano não pode deixar de ter opinião a respeito — mesmo os de fora, tanto mais os de dentro — porque a comarca é geograficamente nossa, historicamente nossa, politicamente nossa, tradicionalmente nossa. Provam-no os fatos e demonstram-no os trabalhos definitivos dos Srs. Pereira da Costa e Gonçalves Maia.

    A doação de Duarte Coelho abrangia — o texto do documento é preciso — “todo o Rio São Francisco” entrando pelo sertão quanto fosse da conquista del-rei c dando serventia do rio aos vizinhos; ao passo que a mercê feita a Francisco Pereira Coutinho, e donatário da Bahia, constava expressamente da margem direita do rio. Este aspecto da questão acha-se lucidamente exposto no trabalho do Sr. Dr. Gonçalves Maia, que o Instituto Arqueológico fêz imprimir para ser apresentado à reunião de Belo Horizonte.

    Eu bem sei que não compete a esse Congresso resolver o caso, que é da competência de outro Congresso, o federal. Mas quando se trata de acabar com as questões de limites interestaduais a fim de organizar um Brasil unido para celebrar como tal o primeiro anversário da sua independência, os congressos de geografías que periódicamente vão tendo lugar no nosso país em capitais diversas de Estados e que, congregando os especialistas da matéria, dão naturalmente origem a discussões proveitosas e autorizadas, estão naturalmente indicados para emitir parecer ou pelo menos tomar conhecimento e estudar assunto de tamanha magnitude nacional e que entra absolutamente nas suas atribuições ou, se a palavra parecer demasiada, nos seus programas de trabalho. Nesses trabalhos, realizados em cinco reuniões anteriores, os congressos de geografia’ têm ido assumindo gradual prestígio e bem merecem que seja invocada a sua autoridade. Nenhuma reunião aliás como esta de agora chamou tanto pessoal habilitado e disposto a formular soluções práticas para as controvérsias pendentes.

    * No mesmo sentido há outro artigo de Oliveira Lima, sob o título “Per-nambuco-Bahia”, no Diário de Pernambuco de 22 de julho de 1920. Nele apoiava Oliveira Lima a sugestão da representação pernambucana junto ao Congresso de Geografia de Belo Horizonte, para que o plebiscito fosse precedido de uma fase de dez anos de ocupação do território pela administração federal, e terminava dizendo que “o plebiscito deveria ser ampliado ate comportar a solução da autonomia, isto é, a antiga Comarca de São Francisco passaria, se o preferíssemos, seus 300 mil habitantes, a território e, finalmente, a Estado da União”. A Emancipação do território seria um dos meios de reparar a punição infringida a Pernambuco (Nota do coordenador).

    Não nos façamos contudo ilusão num ponto essencial: apesar de nos assistir o direito, a questão é de difícil solução. Não é uma simples retificação de fronteiras. Tanto maior será o mérito dos que a esclarecerem e puderem contribuir para o seu pacífico desenlace. A posse pela parte contrária data quase de um século e embora se não achem prescritos nossos títulos c por mais que a anterior documentação histórica nos favoreça c que seja razoável adotar um divisor comum como aquele sem lhe pôr solução de continuidade, a Bahia argumentará sempre que o desmembramento foi à luz da moral política, arbitrário e iníquo, mas constitui um ato público praticado, senão dentro dos limites da justiça, dentro dos limites da autoridade.

    A comarca primeiro atribuída a Minas, e depois à Bahia, por facilidade de comunicações, era desanezada de uma província que se estava mostrando demasiado revoltosa e demasiado republicana, separatista mesmo, com a Confederação do Equador que diretamente provocou a medida, e assim permaneceria, no dizer do decreto, até que se organizassem definitivamente as províncias do Império. Tal organização nunca se efetuou, apesar dos projetos em discussão, de que o Atlas, de Cândido de Almeida, da relação gráfica. Por ocasião da República, o governo provisório e os constituintes foram mais explícitos: transformaram as províncias em Estados, respeitando seus limites e apenas facultando-lhes modificá-los por transações entre si, agrupando-se mesmo para formarem um estado-maior. A Bahia tira daí argumento para provar que, quaisquer que fossem as dúvidas antes, tinham desaparecido então, tornando-se o provisório definitivo.

    O Sr. Dr. Gonçalves Maia discute proficientemente esse caso de posse a título precário e sob condição c esgota mesmo a questão, analisando-a em todas as suas faces. E a razão está com êle: está com Pernambuco. Ninguém contexta a desanexação da comarca de Alagoas, feita a “título definitivo”, embora igualmente para castigar Pernambuco por uma revolução — a de 1817 — e galardoar a comarca fiel com a dignidade de província.

    Nem pode a Bahia recorrer à razão do uti possideíis senão agora, quando a questão de direito é anterior de quase cem anos. Previamente já houvera desaguisados por motivo desse chamado

    “sertão de Rodelas” na margem esquerda de São Francisco, que um governador da Bahia invadiu, onde fundou as principais povoações, que persistiram, mas que teve de desocupar por ordem superior. Fala-se, mesmo, numa provisão régia de 1 de janeiro de 1715, expedida pelo Conselho Ultramarino e restituindo a Pernambuco o território arrebatado. Infelizmente falta esse documento de singular importância mas não essencial, dada a existência de outros.*

    O serviço capital do Sr. Dr. Gonçalves Maia foi ampliar e reforçar a tese do Sr. Dr. Pereira da Costa, que o precedera nessa reivindicação, e reunir maior número ainda de razões e argumentos para comprovar e justificar nosso direito. Tanto esses dois publicistas da história pernambucana, como os delegados do Governo do Estado e do Instituto Arqueológico, Drs. Pedro Celso e Mário Melo, bem merecem da “pequena pátria” pernambucana pelos esforços que envidaram em prol da sua causa. A solução não é fácil porque os interesses já se radicaram onde lhes não cabia arraigarem-se e oferecem resistência; mas algumas vezes também há de a justiça triunfar, e o Brasil foi tão feliz nas suas grandes questões de geografia histórica porque tinha por si o direito. Alimentemos igual esperança com relação ao pleito levantado por Pernambuco e que já agora aguarda solução.

  27. Gabriel disse:

    HOJE essa região pertence ao Estado da Bahia por direito,o povo que lá estão hoje,são baianos assim identificados nacionalmente, aquela região responde a legislação da Bahia ao governo bahiano,, lá atrás no passado quando Pernambuco fez a revolução pernambucana e foi punida pelo rei dom.joao Vl e perdeu aquele território do são Francisco,passou-se mais de 120 anos ,o povo tem outros costumes e indentidade hoje.

  28. Gabriel disse:

    O oeste baiano é uma região próspera da Bahia hoje ,tem cidades novas criadas a menos de 50 anos e muito próspera, lá hoje todo aquela região tem costume e tradições dos baianos o povo é outro não o de 120 anos atrás,mesmo que houvesse um PLEBISCITO para se Estado novo ,eles não iriam ser a favor ,tbm o baianos tem posse por direito,sendo que apoio a coroa portuguesa contra os insurgentes Pernambucanos ,gente o Brasil é um país muito grande e sua construção foi feita ao longo do tempo com várias histórias de conflito internos, o Estado do Paraná e Santa Catarina já foi um dia de são Paulo inclusive Minas gerais, Sergipe já pertenceu a Bahia e o espírito santo tbm tudo tem um motivo o bom ou ruim ,para de revindicar um território quê vcs pernambucanaos perdeu por um motivo ruim ,que traria consequência danosa ao território nacional hoje chega ,ali hoje e da Bahia e ponto final.

  29. João disse:

    Se Pernambuco conseguir ter de volta Alagoas,a paraíba,o rio grande do norte,ceará ,então pode ter posse da região oeste da Bahia,ou seja os pernambucanos foi uma região que passou séculos na mão de holandeses ,um povo que sempre foi contra a coroa portuguesa contra os interesses daquela monarquia e por esse motivo vidas foram perdidas em batalhas travadas contra Pernambuco para manter a união do país então,tudo aquilo que se planta,mas tarde colhe e os Pernambucanos perdeu sim a legitimidade ,a propriedade de várias regiões no nordeste como forma de punição e pagar os danos causados,,,,tem que se contentar com oque tem hoje e ser um Estado em prol da nação dos pernambucanoos aprendeu que ele sozinho não pode fazer nada contra um colosso ou seja já pensou o Paraguai querer revindicar do Brasil e da Argentina as terras que perdeu ,e os danos que eles causaram e a guerra as mortes os custos de manter uma guerra , Pernambuco só não fez pior porquê era uma província rebelde fica o aviso

  30. Paulo Costa disse:

    E Pernambuco perdeu bastante com a perda da comarca de São Francisco viu! nossa! A região é a principal responsável pela produção de grãos na Bahia, e o PIB do setor de agronegócio baiano totalizou R$ 88,66 bilhões em 2023, O setor do agronegócio representou 21,1% da economia baiana em 2023, com um crescimento de 4,2%., em 2010 o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE) de Pernambuco tentou um projeto para a criação do estado de São Francisco nas terras da antiga comarca, mas não deu certo, a população local não quis se separar da Bahia, de forma que ninguém se interessou em levar esse projeto adiante sem o apoio da população loca, eles sentem orgulhos em ser baiano, ficou provado no plebiscito para a criação do novo estado, agora já era, apesar de muita gente ter origem Gaucha, catarinense e paranaense os costumes já são da Bahia, e agora a integração pela construção de pontes e ferrovias aumentou, já era, essas terras Pernambuco não verás nunca mais, a não ser que recuperem os estado se Alagoas e Paraíba.
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