Uma nova assembléia do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) será realizada daqui a pouco, às 19h, no auditório da Unimed Vale do São Francisco em Petrolina. O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Antônio Jordão está em Petrolina para participar da assembléia.
As reivindicações da categoria continuam as mesmas. A principal reclamação trata do não cumprimento do Termo de Compromisso, onde a prefeitura e as entidades médicas assinaram um documento, acordando desde melhores condições de trabalho e equiparação salarial com os médicos da rede estadual à realização de concursos públicos para suprir o déficit dos recursos humanos na área. O prazo para convocação do concurso foi até o final de 2009. Entretanto, o concurso não aconteceu, e ainda houve demissões. “O aumento salarial só foi cumprido porque virou lei na Câmara. A maioria dos itens não foi cumprida. A nova lei de produtividade que não foi votada foi implementada, com os prazos já esgotado. O próprio concurso publico para médicos. A gente sabe que Petrolina tem uma necessidade histórica de mais profissionais não só para Urgência e Emergência, como para PFS e algumas especialidades. Petrolina conta hoje com apenas dois cirurgiões pediátricos para dar conta de toda região e eles não agüentam mais, não pela questão de dinheiro, mas por uma questão de limite físico”, criticou Dr. Jordão.
Dr. Jordão também criticou a forma como edital do concurso foi elaborado. Segundo ele, a formulação não teve a participação da categoria, como foi acordado anteriormente. Jordão também não concorda com os pesos dados a prova de títulos. “Nesse edital a pontuação de títulos ao invés de 20 pontos vai valer 40 valorizando quem tem mestrado, doutorado e trabalhos científicos publicados. Esse concurso é para assistência médica, os títulos que os médicos precisam mostrar para sua qualificação é residência, especialização experiência de trabalho na rede.
Ainda segundo o presidente esse edital deve ser revisto pelo prefeito. “Essa avaliação para quem está dentro da universidade está certíssima, mas não para assistência, então é como se estivesse direcionado para as pessoas que são próximas da universidade e o concurso fica contaminado, nós não estamos dizendo que Julio Lóssio tem esse intenção, mas quando você formula o concurso dessa forma dá essa impressão. Espero que o prefeito reveja essa situação para que não fique parecendo que e uma política de amigos”.
O presidente finalizou pedindo a participação da sociedade em busca da qualidade da saúde de Petrolina. “Estamos voltando aqui em cima da ameaça, que já é parcialmente real, do fechamento de leitos, da demissão de médicos e diminuição de atendimento. Quando a prefeitura tira leito de hospitais para justificar a demissão de médicos isso é da maior gravidade, está condenando pessoas a morte e não podemos aceitar isso. A câmara de vereadores, as instituições e organizações civis, e a comunidade precisam debater esse assunto e se posicionar contra essa situação”.




Espero que o Dr. Jordão resolva passar uns dias em Petrolina, para ficar a par da saúde “pública” que o prefeito-médico-empresário está tentando armar.
A sociedade vai reagir, expulsando esse dr. jordão, com j minúsculo, de Petrolina.