Coronel Meira quer reforçar armamento para vigilantes contra “novo cangaço”

por Carlos Britto // 28 de março de 2024 às 12:00

Foto: Reprodução internet

Em resposta ao crescente desafio do “novo cangaço” e aos assaltos a carros-fortes, o deputado federal Coronel Meira (PL-PE) apresentou o Projeto de Lei 997, que busca modificar a Lei 7.102 para tratar dos armamentos disponíveis para os vigilantes. A iniciativa tem como objetivo atualizar a legislação que regula o setor de segurança privada, considerando a realidade atual do Brasil, marcada pelo aumento da criminalidade e o avanço tecnológico.

Atualmente, os equipamentos autorizados para os vigilantes incluem revólveres nos calibres 32 ou 38, cassetetes de madeira ou borracha e, para aqueles que trabalham em carros-fortes, espingardas calibre 12. No entanto, essa configuração facilita a ação de bandidos que operam com veículos blindados roubados e armamentos de alto calibre.

O deputado destaca a importância de atualizar essa legislação, que se encontra defasada: “Os revólveres utilizados pelos vigilantes são remanescentes do século passado, com capacidade de munição bastante reduzida. Isso coloca em risco diário a vida dos agentes de segurança privada, além de apresentar implicações econômicas, uma vez que pistolas no calibre 9mm têm preço inferior ao de um revólver”.

Um estudo recente do FBI, a agência de segurança pública dos Estados Unidos, revelou que 84% dos tiros disparados em confrontos armados não atingem os alvos desejados, devido ao estresse da situação. Nesse contexto, uma pistola com capacidade para 18 disparos aumenta significativamente a probabilidade de sucesso do vigilante em uma reação armada. Além disso, a recarga emergencial de uma pistola é mais simples e rápida em comparação com a de um revólver.

Carros-fortes

O projeto de lei também aborda a situação dos vigilantes que atuam na escolta de carros-fortes. Atualmente, eles utilizam espingardas calibre 12 GA, que possuem capacidade de munição limitada. No entanto, essa realidade muda drasticamente quando o vigilante está equipado com uma carabina nos calibres 5,56mm ou 7,62mm. Os criminosos sabem que, se o vigilante revidar, mesmo estando dentro de um carro blindado, essas carabinas têm potencial para atravessar facilmente a blindagem, reduzindo consideravelmente a possibilidade de enfrentamento por parte dos bandidos. A proposta busca fortalecer a segurança dos profissionais que atuam na linha de frente de proteção patrimonial, garantindo-lhes melhores condições para enfrentar os desafios do cenário atual.

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