A Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), presidida pelo deputado José de Arimateia (Republicanos), realizou há poucos dias uma nova vistoria na Barragem de Pinhões, Zona Rural de Juazeiro. Durante a inspeção, os técnicos informaram que, apesar da evidente necessidade de manutenção, não há risco iminente de ruptura. No entanto, intervenções devem ser realizadas.
A inspeção contou com a presença do engenheiro agrônomo e assessor técnico do deputado na Comissão de Meio Ambiente, Eduardo Macário, além da equipe de engenharia do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs). “O que se observa é um excesso de vegetação no talude a montante, que, em caso de chuvas, pode exercer pressão sobre a estrutura, comprometendo sua estabilidade. Há também indícios de uma movimentação lenta e gradual do maciço, que deverá ser melhor avaliada após a limpeza da vegetação. Outro ponto de atenção é a erosão no vertedouro, que, a cada sangramento, transporta material e danifica progressivamente o equipamento. São problemas estruturais pontuais, mas que exigem reparação”, explicou o engenheiro.
Defensor frequente da segurança das barragens na Bahia, José de Arimateia destacou a importância da manutenção e fiscalização contínuas por parte dos órgãos competentes para evitar desastres. “O grande problema é a falta de manutenção regular, que pode comprometer significativamente a estrutura e causar danos irreversíveis à população e ao meio ambiente. Por isso, seguimos atentos e fiscalizando”, afirmou.
Inaugurada em 1965, a Barragem de Pinhões é classificada como um equipamento de uso múltiplo, sendo utilizada para dessedentação animal, pesca, piscicultura, irrigação e lazer, desempenhando um papel fundamental na economia local.
A manutenção não é só necessária, é fundamental para que a Barragem se sustente, nenhuma obra dura eternamente, seja ela de ferro, concreto, material terreno etc , todas carecem de manutenção. As Barragem de terra são as que mais precisam de manutenção e conservação, pois as árvores que nascem e crescem nos taludes, provocam erosões, as suas raízes penetram no maciço terreno e quanto apodrecem, deixam um vazio no maciço que serão ampliados por animais silvestres e que vivem em tocas, por esses vazios a água penetra e vai carrear material terrenos, enfraquecendo o maciço, e se por esses vazios a água penetraram e sair do outro lado do maciço a Barragem vai ruir, vai cair, vai romper e aí não tem mais jeito. Então? A manutenção tem que haver, tem que haver um monitoramento no mínimo anual dessas barragens de terra.