Com juro menor, governo federal lança novo programa habitacional com prioridade ao Nordeste

por Carlos Britto // 25 de agosto de 2020 às 19:07

Foto: Ilustração

Apostando na construção civil como o condutor para geração de empregos e potencializador da vitrine de projetos sociais do governo, o presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (25) a Medida Provisória (MP) que cria o novo programa habitacional ‘Casa Verde e Amarela’. Substituto do já desidratado ‘Minha Casa Minha Vida’, o novo programa habitacional aposta na adaptação das condições de acesso para a aquisição da casa própria, com taxas de juros menores e injeção de recursos do FGTS para manter as construções em meio às limitações do Orçamento-Geral da União. Com taxas a partir de 4,25% ao ano, o Casa Verde e Amarela prioriza as regiões Norte e Nordeste, e além dos financiamientos, cria oportunidades para renegociação de dívidas e regularização fundiária.

Impossibilitado de ampliar a quantidade de obras na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, destinada às famílias mais pobres, com renda de até R$ 1,8 mil. O governo tenta com o Casa Verde e Amarela ampliar as condições de acesso ao financiamento para famílias com renda de até R$ 2,6 mil. No caso do Norte e Nordeste, as famílias na faixa de renda até R$ 2 mil terão redução de até 0,50% nas taxas. As famílias com renda entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil, terão redução de 0,25%.

No Casa Verde e Amarela, os juros serão a partir de 4,25% no Nordeste e Norte do País. Nas demais regiões, as taxas começam em 4,50%. Atualmente, a faixa 1,5 do Minha Casa Minha Vida tem taxas de juros de 5% para financiamentos de até 30 anos com subsídios de até R$ 47,5 mil.  

A redução dos juros, segundo o governo, será capaz de trazer para o sistema de financiamiento 1 milhão de famílias que não se encaixavam no faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, mas também comprometiam mais de 30% da renda no caso do financiamento através da faixa 1,5 do programa. A previsão é disponibilizar, até o m do ano, mais R$ 25 bilhões do FGTS e R$ 500 milhões do FDS para o programa. Com as obras, o governo espera gerar 2 milhões de novos empregos e incrementar à arrecadação R$ 11 bilhões. (Fonte: JC Online)

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