Em Garanhuns, no Agreste pernambucano, o assunto na mídia local é que o município, foi o único do estado, a não realizar o Processo de Eleição Direta (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT) no último domingo (6). A disputa interna pela presidência do diretório municipal escalou, resultando na suspensão do pleito por determinação judicial. A decisão partiu do juiz Enéas Oliveira da Rocha, que acatou um recurso apresentado por Major Lucena, líder da chapa “Avante PT”. Lucena alegou irregularidades na inscrição de candidaturas e, diante da falta de respaldo dos comandos estadual e nacional do partido, recorreu à Justiça.
Major Lucena detalhou que as denúncias foram feitas logo após o registro das chapas, apontando a inclusão de nomes de pessoas filiadas a outros partidos, não filiadas ao PT, e até mesmo com débitos junto à legenda. Ele afirma ter denunciado o caso ao diretório municipal, que não acatou as queixas sob a alegação de prazo vencido para o recurso, apesar de um secretário ter assinado o recebimento. Após a Executiva Nacional não se manifestar, a via judicial foi a alternativa
Por outro lado, a atual presidente do PT de Garanhuns, Fernanda Limão, contesta as acusações de Major Lucena. Segundo ela, o grupo de Lucena estaria tentando “atrapalhar o processo alegando irregularidades inexistentes”. Limão assegura que, antes da inscrição das chapas, foi feita uma verificação das contribuições partidárias, e os inadimplentes foram retirados.
Fernanda Limão também informou que a Executiva Nacional não respondeu a Major Lucena por ter constatado a ausência de irregularidades. “Nada foi feito para prejudicar ou favorecer qualquer chapa”, defendeu a dirigente, lamentando que a situação tenha impedido a votação nas chapas. A orientação do PT é acatar a liminar judicial e aguardar uma nova data para o Processo de Eleição Direta Extra. Além de Major Lucena, estavam na disputa pela presidência do PT em Garanhuns os candidatos Lucimar Oliveira, Marília Ferro e Felipe Barros, em um município que conta com cerca de mil filiados à sigla.
Negou
O presidente reeleito do PT de Caruaru, Léo Bulhões, negou nesta segunda-feira (8) qualquer irregularidade no processo eleitoral interno do partido, realizado no último sábado (6). A manifestação ocorre após a divulgação de um documento por integrantes da ala opositora, que questionam a condução da votação. “Refuto totalmente esse documento. É absurdo e não condiz com a verdade. É um documento que surge após uma derrota que eles não imaginavam”, afirmou Bulhões. Ele obteve 307 votos, enquanto o adversário, Francisco Terto, recebeu 292, em uma das eleições mais disputadas da sigla no município.
