Coisas que se recebe pela internet: Uma reflexão que todos temos que fazer

por Carlos Britto // 18 de agosto de 2011 às 22:16

“Que país é este, que junta milhões numa marcha gay,outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção?”

(07/07/2011 – Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País)

Coisas que se recebe pela internet: Uma reflexão que todos temos que fazer

  1. Marcelo disse:

    Coisas que não cabem… Quanta bobagem, quem escreveu isso não sabe o que representam essas marchas, pelo amor de Deus, haja ignorância….

  2. manoel neto disse:

    Respeito o direito de as pessoas se reunirem pacificamente em torno de causas que julgam dignas. A democracia é isso, o direito de manifestação dentro da legalidade. Penso eu que os vínculos que unem esses grupos são bem mais sólidos que um eventual vínculo em torno da luta contra a corrupção, embora se ocorresse, achasse fenomenal. A corrupção é inerente ao comportamento humano, não quer dizer que seja de todos os seres humanos. Se temos leis, aparatos policiais, órgãos da Justiça é por quê o ser humano é passível de erros e muitas vezes a força estatal precisa agir para frear os abusos. Às vezes me entristece ver alguém enchendo a cara de bebida (isso é muito comum em todo o Brasil), criticando aos murros na mesa de bar a corrupção na política brasileira, levantar da mesa embriagado, ligar o carro e sair dirigindo, o volume do som alcançando a lua, poluindo o ambiente sonoramente, dirigindo de maneira perigosa, expondo a vida de muitos a risco, cometendo delito previsto no art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro. Quê autoridade uma pessoa dessa tem para criticar seus representantes? Esse é um dos exemplos, dentre muitos, de quê não é somente na política que as coisas devem mudar, a mudança tem que fluir principalmente de parte da sociedade, dessa sociedade que escolheu, direta ou indiretamente, as autoridades que a representa. É preciso que nos olhemos nos espelhos, façamos uma reflexão e analisarmos a nossa parcela de culpa pelas mazelas morais que tanto assolam alguns quadros do poder no Brasil. Os políticos saíram da sociedade e fazem parte dela.Antes de pisarem os tapetes vermelhos do poder,fincaram os pés nas mesmas calçadas que andamos, um dia foram eleitores comuns, ativistas, empresários, professores,sindicalistas, funcionários públicos… Evitando me emburrecer nas generalizações, posso dizer com segurança que temos bons políticos sim, seria o caos se todos metessem a mão na cumbuca. E temos grande parcela da sociedade brasileira bem intencionada, muitas delas entram no jogo do poder (como vítimas) ingenuamente, a exemplo das humildes pessoas que trocam seus votos por caixas de remédio (em época de eleição dificilmente lemos um jornal sem tratar desse assunto), sem se dar conta do erro cometido ou, sabendo do erro, acredita que é “normal, todos fazem, também faço”, é o refrão que ecoa em alguns rincões… Nós precisamos de muitos 500 anos para educar grande parcela da população politicamente. Se dedicássemos coletivamente às causas civis do nosso país como dedicamos à seleção brasileira em um mês de Copa do Mundo (sofrendo,chorando, vibrando, se inteirando dos fatos), talvez os palácios do poder se rendessem às palafitas da periferia, talvez não houvessem mais palafitas, haveria moradia digna para todos. Talvez decidíssimos não tirar o carro da garagem se fôssemos beber. Prestaríamos mais atenção às propostas daqueles que pleiteiam cargos eletivos. Poderíamos separar as propostas impossíveis daquelas que podem se concretizar. Poderíamos entender que cidadania não se encerra no voto e que político não é rei à Luiz XIV (O Estado Sou Eu), é “empregado do povo” e que o verdadeiro soberano da nação são os 190 milhões de brasileiros… Precisamos aprender a não ficar esperando que as mudanças saiam do Congresso, das Assembleias, das Câmaras Municipais, dos Executivos nas três esferas… Que as mudanças saiam das urnas. As urnas são o primeiro passo para a grande caminhada da democracia As mudanças acontecem no dia-a-dia, na família,nas escolas,nos sindicatos, nos grupos estudantis, nas empresas, órgãos públicos, associações de bairro, na Justiça… Demos um grande passo no combate ao analfabetismo propriamente dito, estamos avançando um pouquinho no combate ao analfabetismo funcional, parece que há uma luz no fim do túnel apontando pela luta contra o analfabetismo digital (analfaBYTismo) mas ainda não começamos a luta contra o analfabetismo político. Parece que detestamos política. Não devemos detestar a política, devemos repudiar a politicagem. O desenvolvimento de uma nação é diretamente proporcional à educação do seu povo, incluindo a educação política. Precisamos aprender a olhar para os noticiários midiáticos com senso crítico, a imprensa brasileira, em especial a que funciona sob regime de concessões públicas (portanto, de interesse público), com honrosas exceções, ainda explora muito a pirotecnia, em especial se o alvo dos fogos for desafeto dos seus proprietários. A revolução precisa partir de baixo para cima. Caro Juan, a sociedade precisa se educar politicamente para organizar um movimento sério, planejado, dentro da legalidade e que mexa de verdade com as estruturas vigentes. Para isso, não podemos nos dividir em categorias, cada um lutando pelo seu naco. É preciso união: Empresários, trabalhadores, servidores públicos, os políticos comprometidos, sindicalistas, representantes patronais, as igrejas (por quê não?), a imprensa,os blogs… O povo brasileiro enfim. Tudo em torno do bem comum. Eis o problema. Falta de união. É o que penso. Não pagamos impostos para sonhar. Sonhar não custa nada.

    “Posso não concordar com nada do que você diz, mas defendo até a morte o seu direito de dizê-lo. ” — François-Marie Arouet (Voltaire 1694 – 1778), filósofo iluminista.
    Abraços a todos.

  3. Pela Moral e principios !!! disse:

    Sempre aparecem pessoas que se sentem incomodadas com a verdade !!!
    Portanto parabenizo pela coragem e bravura o – Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País)

  4. Resposta a Marcelo disse:

    marcelo leia e interprete que vc vai entender o q a mensagem passa

  5. CULPA DA MÍDIA disse:

    A culpa é da mídia que só faz oposição e assim não tem credibilidade! Se o PIG tivesse paciência e aguardasse as investigações da justiça poderia existir alguma credibilidade, mas ela detona tudo sem prova sem direito de resposta e usa politicamente suspeitas como verdades denegrindo imagens sem esperar as investigaçãoes que as vezes estão em segredo de justiça e vazando tudo(como arapongas), isso faz o povo que não mais besta ficar com um atrás em relação a denúncias, isso é o motivo de não haver mobilização ou seja tudo que a GLOBO,FOLHA e outros divulgam ficam sob suspeita e afinal isso é verdade ou mentira? Porque a nossa mídia não divulga que hoje a PF apura sem interferência e nada é engavetado? Antes acontecia coisas horríveis mas como a mídia escondia ficava a impressão que não existia corrupção! E hoje estão prendendo e demitindo corrupto! Fica a impressão que a nossa mídia quer sempre lascar com o PT.

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Últimos Comentários

  1. Obrigada Carlos por lembrar ao povo dessa cidade, que o que ela é hoje deve a pessoas ilustres como esses…