Codevasf rebate críticas de leitora sobre disputas na Adutora de Caititu e relata furtos de água

por Carlos Britto // 02 de maio de 2016 às 10:23

CodevasfAtravés da assessoria, a 3ª Superintendência Regional (SR) da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) enviou uma nota na qual se posiciona sobre as críticas da leitora, Cláudia Marques, que escreveu ao Blog criticando a disputa pela água na Adutora de Caititu e questionado o porquê de apenas algumas comunidades terem direito ao uso da água.

Acompanhem:

A Codevasf é responsável pela construção e operação da adutora que capta água no Canal do Pontal à estação de bombeamento 3, e segue encaminhamento que atende às comunidades rurais de Uruás, Cruz de Salinas, Atalho e Caititu, com extensão total superior a 40 km. Ao longo do encaminhamento, a adutora passa, ainda, por duas comunidades dispersas: Sítio Cruz de Valério e Sítio Carretão, nesta ordem.

Nestas duas comunidades, a Codevasf identificou uma grande quantidade de “sangrias” (furto d’água) na adutora, realizadas pelos próprios moradores, à revelia da Companhia, que não sabe os diâmetros, nem a destinação dada à água nestes pontos de sangria. Após levantamento realizado nas duas comunidades em questão, foram identificados 37 pontos de sangrias clandestinas no trecho de 10 km referentes ao Sítio Cruz de Valério, e outros 18 pontos referentes aos 4,3 km de extensão do Sítio Carretão.

Estes 55 pontos de sangrias clandestinas promovem sérios danos à funcionalidade da adutora, tais como diminuição da pressão, diminuição da vida útil, crescente custo operacional e energético etc.

A Codevasf entende que é razoável que as comunidades do Sítio Cruz de Valério e Sítio Carretão recebam água da adutora que passa em frente às suas residências. Entretanto, defende que não pode compactuar com a forma clandestina como essa captação tem sido feita.

Por esta razão, a Codevasf solicitou à empresa de operação e manutenção que fizesse o corte de todas as ligações clandestinas. Entretanto, quando os servidores da Companhia tentaram realizar a ação, foram abordados e ameaçados por populares da comunidade. Estes servidores preferiram não registrar Boletim de Ocorrência, ao contrário do que a Codevasf orientou.

Diante da ameaça na primeira tentativa de findar as sangrias clandestinas, a Codevasf buscou apoio da Polícia Militar para realizar o corte uma segunda vez.

Esta situação motivou reunião entre as partes, realizada no dia 18 de abril, no escritório do Projeto Pontal, no Icozeiro. Durante a reunião foi decidido que a adutora tem por finalidade exclusiva o atendimento às necessidades humanas. A Codevasf atuará junto à contratada para implantação de um reservatório metálico no Sítio Carretão, que será alimentado pela adutora e de onde partirá a rede de distribuição às residências da comunidade, sendo, a partir de então, vetada, em definitivo, qualquer forma de interligação direta na adutora tronco. Enquanto o reservatório metálico não for instalado, serão realizadas ligações regulares ao atendimento provisório das residências dos referidos Sítios, seguindo o correto padrão técnico de realização do serviço.

3ª SR Codevasf/Ascom

Codevasf rebate críticas de leitora sobre disputas na Adutora de Caititu e relata furtos de água

  1. CLAUDIA RODRIGUES MARQUES disse:

    CODEVASF, Vocês investigaram todo o trecho que liga Uruás à Caititu? Tem certeza que só existem ligações clandestinas nessas duas comunidades??? Vamos investigar melhor aí???

    1. Estou de Olho disse:

      Pontos Positivos para a CODEVASF:

      Parabenizo a CODEVASF por tentar resolver essa situação de forma que não prejudique aquela população. O Leonardo compareceu a reunião e entendeu melhor a real situação de lá e dessa vez ele tomou uma providencia inteligente.

    2. Estou de Olho disse:

      Pontos Negativos para a CODEVASF:

      Vocês erram na forma como fizeram essa intervenção da água e além disso fizeram isso em alguns pontos específicos (muito estranho !!!) e não em sua totalidade. Em nenhum momento os funcionários da CODEVASF foram ameaçados, ou seja, não teve necessidade nenhuma de polícia. O Leonardo só entendeu o que estava acontecendo de fato, quando percorreu aqueles locais depois da grande repercussão e que por sinal, ele não encontrou nada referente àquelas supostas denúncias de cano de 100 mm e etc. Além disso não foi comentado pela matéria deles que parte da tubulação também estava entupida, dificultado o acesso a água em outras localidades jusantes.

  2. Comunitária disse:

    Realmente me admiro muito a CODEVASF dizer que fez uma investigação e que identificou grandes quantidades de “furto de água” como ela mesma chama nessas duas comunidades, sendo que na extensão da adutora existe até sangrias para IRRIGAÇÕES, na beira da estrada e ela não viu isso… Sem contar que em alguns povoados também existem cisternas para abastecer carros pipas e a CODEVASF também não identificou. Que Brasil é esse que o cidadão de bem faz uma sangria para ter água para seu consumo e é taxado que está fazendo “furto de água” e aquele que está utilizando para irrigações e outros fins não?

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