Cedro: Decreto do prefeito proibindo venda de água oriunda de cidade cearense gera controvérsia

por Carlos Britto // 09 de fevereiro de 2015 às 11:26

cedro PEA população do Cedro (PE), no Sertão Central, anda questionando a prefeitura acerca de um decreto do prefeito Neguinho de Zé Arlindo, proibindo a venda de água oriunda de Jardim, no Ceará, na área urbana do município pernambucano.

A justificativa do decreto seria a falta de qualidade da água. Mas muita gente por lá não concorda, uma vez que há pelo menos 20 anos a população do Cedro consome o líquido vindo do município cearense, que é comercializado por terceiros.

“Uma ação dessa magnitude deveria vir pelo menos acompanhada de um laudo da Vigilância Sanitária do Estado ou com uma justificativa que comprovasse a falta da qualidade dessa água, que inclusive os moradores do Cedro a consomem há pelo menos 20 anos. Igualmente a população de Jardim, que há mais de 200 anos consome a mesma água”, disse um morador ao Blog.

“Seria bom que a prefeitura trouxesse soluções para a questão da água do Cedro, isso sim. O lençol freático da região do Sítio Feijão-Bravo está comprovadamente comprometido, ocasionado pela presença do ‘lixão’, que está implantado naquela comunidade há anos. Este, sim, é um problema de gestão, sem soluções proclamadas para o bem dos que se utilizam da água dos poços daquela região”, ressalta.

Ainda segundo esse mesmo morador, a medida trata-se apenas da água consumida pela população urbana, enquanto que as pessoas da zona rural podem continuar fazendo uso da água que chega a suas residências, através dos carros-pipas.

Qual a diferença entre o transporte de uma água e outra? Se alguém resolver distribuir gratuitamente água do Jardim, pode, uma vez que o decreto proíbe apenas a sua venda? Ou se a venda for feita, a partir de agora, em carros-pipas? É permitida? Muita confusão na minha cabeça e na de muitos cedrenses. Vou cobrar antes do término dos dez dias da validade do incompreendido e confuso ‘decreto da maldade’, informações objetivas e ao mesmo tempo convocar uma audiência pública para discutir essa situação da proibição do uso da água”, completa. (foto/reprodução)

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