Ex-aliado histórico do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o vereador Ronaldo Cancão (PTB) desconversou sobre uma possível reaproximação com o líder socialista, sobretudo depois de seu colega de partido, Manoel da Acosap, confirmar com exclusividade a este Blog que fará parte da bancada do prefeito eleito Miguel Coelho (PSB) na Casa Plínio Amorim. Cancão voltou a dizer que embora mantenha um grande respeito por Fernando Bezerra, ele continuará alinhado com o deputado federal Adalberto Cavalcanti (PTB), a quem apoiou como candidato a prefeito nas eleições deste ano.

Cancão assegurou que para a próxima legislatura manterá a linha de oposição, a qual pertence atualmente. Perguntado se em relação a Miguel, o qual viu nascer e crescer para a política, vai adotar um tom mais moderado e menos ferrenho do que aquele em relação ao atual prefeito Julio Lossio, o vereador foi categórico.

“Não fiz uma oposição ferrenha (a Lossio). Fiz uma oposição real, porque defendi os interesses do povo. E vou permanecer desse jeito. Eu não posso mudar com o vento, ou com um assopro, os meus princípios éticos e morais”, declarou, lembrando que chegou a votar favorável em projetos enviados por Lossio.

Cancão voltou a dizer que mesmo se o senador, com quem teve uma convivência política de 27 anos, o convidasse para retornar ao grupo, ele se manteria onde está. “Eu tenho de ter respeito pelo povo que me elegeu no campo da oposição. Será que, mesmo na oposição, eu não posso contribuir com o governo, votando em projetos importantes?”, ponderou.

Manoel da Acosap

Embora tentasse se esquivar de comentar sobre a decisão do vereador Manoel da Acosap em voltar ao grupo de FBC, Cancão afirmou que seu colega de partido poderia ter tido um tempo para avaliar melhor sua escolha. “Ele ainda não foi nem diplomado”, disse. Mas minimizou o assunto. “Ele já tomou a decisão dele, tem meu respeito e meu carinho, é aliado meu no PTB e meu amigo. Caberá ao povo fazer esse julgamento”, analisou. Ele também fez questão de deixar claro que mesmo tendo tomado outro rumo na campanha deste ano apenas por uma questão de “sobrevivência política”, a exemplo de Manoel, Cancão afirmou que o rompimento com o grupo do senador foi definitivo.