Em ritmo de queda, o Reservatório de Sobradinho (BA) vai se aproximando da metade de sua capacidade de armazenamento. É o que mostra mais um relatório divulgado pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
Para este final de semana, a empresa vai operar com um volume útil de 52,72% no sábado (23), e de 52,56% no domingo (24). Já a defluência (vazão liberada) segue em 1.000 metros cúbicos por segundo (m³/s). Esses números poderão sofrer alguma alteração não programada devido à necessidade operacional ou por razões naturais.



Se não existisse a barragem, hoje a vazão do Rio São Francisco seria em torno de 560 metros cúbicos por segundo e como o período chuvoso se aproxima lá pelas cabeceiras do Rio essa vazão tenderia a aumentar, provocando inclusive as famigeradas cheias, inundando cidades e vilarejos, Juazeiro que o diga, cuja maior cheia aconteceu no ano de 1960. Mas é assim mesmo, antes da Barragem, quando não havia nenhum controle, a vazão nas épocas de cheias podiam chegar a mais de 10 mil metros cúbicos por segundo. A barragem foi projetada inicialmente para regularizar o curso do Rio, isto é, para tornar o rio navegável de Cabrobo a Januário em Minas Gerais, mas políticos visionários de Petrolina, conseguiram junto ao Governo Federal, transformar, ou por outra, fazer com que a Barragem além de regularizar o curdo Rio, também gerar energia elétrica, e o resultado aí está. Sem a existência da Barragem de Sobradinho não haveria energia elétrica suficiente para rodar os Projetos de Irrigação existentes na região, não haveria o desenvolvimento da Região fo Semiárido marginal ao Rio São Francisco