O Ministério Público da Bahia (MPBA) deflagrou 96 operações contra grupos e esquemas criminosos em 2025, combatendo principalmente crimes de tráfico de drogas e de armas, corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. No enfrentamento às organizações criminosas, as ações mais que triplicaram nos últimos cincos anos, saindo de 30, em 2021, para 92 operações neste ano. A intensificação no enfrentamento ao crime organizado veio com o avanço da complexidade das investigações, que mapeiam e detalham as redes de contatos e das movimentações financeiras dos investigados.
A pedido do MPBA, a Justiça determinou o bloqueio de mais de meio bilhão de reais em bens e valores, além da indisponibilidade de veículos automotores, embarcações, aeronaves, bens imóveis, semoventes, dentre outros, que serão avaliados e encaminhados para leilão público em tempo oportuno, num conjunto de medidas que resulta na descapitalização das facções criminosas. Já no combate à sonegação fiscal, com a deflagração de quatro operações contra esquemas fraudulentos e ações preventivas, o MPBA, dentro do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), colaborou para a devolução de R$ 145,2 milhões aos cofres públicos estaduais.
Esses resultados foram possíveis graças ao trabalho das atividades dos Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco); de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf); de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp), que investiga práticas criminosas de agentes policiais; e de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep), que fiscaliza estabelecimentos penais e faz o enfrentamento de questões criminais complexas ocorridas no sistema penitenciário. O trabalho tem sido realizado de forma integrada e articulada com as forças de Segurança Pública e diversos órgãos em nível estadual e federal, alcançando outros estados, em parceria com outros MPs.
“O enfrentamento ao crime organizado exige cooperação permanente, investimento contínuo em tecnologia e capacitação das equipes, além de uma atuação interinstitucional firme e coordenada. A integração entre o Ministério Público e as forças de segurança pública do Estado tem sido decisiva para ampliar o alcance das investigações, promover a asfixia financeira das organizações criminosas, quebrar suas estruturas logísticas e fortalecer a resposta estatal, assegurando resultados concretos em todo o território baiano”, destacou o procurador-geral de Justiça Pedro Maia.


