A Azul Linhas Aéreas confirmou nessa segunda-feira (11) que deixou de operar em 14 cidades do Brasil entre janeiro e março deste ano — número superior às 13 localidades divulgadas anteriormente em um comunicado a investidores, revelado em primeira mão pelo site AeroIn, ainda no dia 7 de agosto. As mudanças ocorreram pouco antes de a empresa solicitar, em maio, a entrada no processo de Chapter 11 nos Estados Unidos (equivalente à recuperação judicial no Brasil).
Municípios como Campos (RJ), Mossoró (RN), Três Lagoas (MS) e Ponta Grossa (PR) já não recebem voos da companhia já há alguns meses. A lista completa revelada pela Folha de São Paulo inclui Cratéus, São Benedito, Sobral e Iguatu (no Ceará); Correia Pinto e Jaguaruna (Santa Catarina); São Raimundo Nonato e Parnaíba (no Piauí); Barreirinhas (Maranhão); e Rio Verde (Goiás), que também já não contam com mais voos da empresa, feitos em cortes mais recentes. A maioria destas cidades só eram atendidas pela Azul, e sem os voos da companhia, ficaram sem acesso por meio aéreo.
Além da saída dessas cidades, a Azul está promovendo ajustes em mais de 50 rotas (ainda não detalhadas) que registraram margens 17% abaixo da média da companhia. As mudanças, iniciadas em julho, envolvem desde a redução de frequências até a suspensão completa de determinados voos.
Segundo a empresa, os cortes e ajustes levam em conta fatores como o aumento dos custos operacionais, a valorização do dólar, a disponibilidade de aeronaves e o atual processo de reestruturação. A Azul afirma que todos os passageiros afetados receberam a devida assistência, conforme determina a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O pedido de Chapter 11 foi anunciado em 28 de maio, tornando a Azul a última das três maiores companhias aéreas brasileiras a adotar essa medida, após Latam e Gol. A expectativa da empresa é concluir o processo de reorganização financeira até o fim de 2025.


