As festas, as consequências e os jovens que nunca mais voltarão para casa

por Carlos Britto // 18 de março de 2013 às 06:40

JovensEudes Francisco dos Santos, 24 anos, saiu de casa no ultimo sábado (16) para curtir uma festa que planejava há dias. Foi ao Pátio de Eventos de Petrolina, próximo ao aeroporto, participar do evento “Se For Beber Me Chame”.

Naquela noite ele não voltou para casa e sua família ficou preocupada. Um dia depois a família dele foi obrigada a viver com uma troca brutal: trocou a preocupação pelo choro. Ele nunca mais voltará, pois foi assassinado por Danyllo dos Reis Santos de 20 anos.

A Justiça, semana passada, fechou o Bode do Geraldo e tem jogado duro para que outros estabelecimentos não liguem sonorização.

Enquanto isso, as festas com bebidas de graça, com entrada indiscriminada de menores que consomem álcool livremente continuam. Isso sem falar nas drogas e no sexo livre nos capôs dos carros ou nas muretas, muitas vezes praticadas por menores recém saídos da puberdade. Ou não.

Acho que proibir o som ou as festas fere o direito constitucional do cidadão. O direito de escolha é livre, o que falta é o Estado agir. A mesma justiça que proíbe o som precisa cobrar a fiscalização, a repressão e aumentar o tom para conter os abusos. A justiça está preocupada com quem morre de raiva pelo som alto e está se esquecendo que nossos jovens estão morrendo, de fato!

Quantos mais garotos como Eudes teremos que perder para que se tome uma atitude. A.T.I.T.U.D.E.

Toda segunda feira contamos os mortos por drogas, bebidas e toda sorte de infortúnios. Todos sabem que nessas festas acontecem esses excessos e ninguém faz nada.

É urgente uma postura mais contundente da sociedade civil e das autoridades para esse combate. Não dá pra gente fingir que não existiu, que não é com a gente, por que é. Não podemos aceitar que a mobilização só comece quando acontecer com um filho de um graduado. Não existe cidadão classe A ou B.

Espero que o prefeito ou algum vereador chame para sí esta responsabilidade. Que convide promotores de eventos para uma audiência pública, com as presenças de magistrados, policiais e quem deseje salvar vidas. Antes que seja tarde demais, como foi para Eudes. Para que ele não vire apenas estatística.

As festas, as consequências e os jovens que nunca mais voltarão para casa

  1. Maria disse:

    A vigília tem que começar na família, Pai e Mãe tem que estar vigilantes com seus filhos, saber para onde vão, que tipo de ambiente vão estar, com quem vão, o que estão fazendo, acompanhar, conversar com seus filhos, quando necessário, impor limites, é necessário.
    O que se vê hoje em dia são os pais em casa, cuidando de suas vidas, com suas farras particulares, com seus amigos e os filhos a toa, sem cuidados, cheios de liberdades e libertinagens, cheios de agrados materiais para que não se perturbe a sua curtição.
    As conseqüências disso? Choro, muito choro, pela perda de seus filhos e muitas vezes sofrer o resto da vida o peso do sentimento de culpa por não ter colocado limites ao seu filho, por não ter olhado para ele, por não ter conversado com ele.
    O Poder Público tem que estar atento a isso? Claro que sim. Mas em primeiro lugar são os pais que tem que estar antenados com a situação.
    Infelizmente a família está doente, a sociedade está doente.
    Papai, Mamãe, cuidem de seus filhos, pois senão os traficantes de drogas, o mal, cuidará bem direitinho deles!

    1. mary lu disse:

      Maria, voce resumiu em seu comentário praticamente tudo! Concordo plenamente. Nossas familias,e os valores atualmente em nossa sociedade largamente difundidos, com raras excecoes, nao sao mais os mesmos. Orgulho-me de ter crescido em uma familia composta de nove irmaos, e cujos pais ainda estao entre nós, em que viviamos o respeito mútuo, em que todos tivemos sim, puberdade e a tal adolescencia, e ainda assim, cresciamos com as dúvidas e insegurancas, perspectivas e frustacoes, mas nunca perdemos a razao, pois tinhamos como base o respeito e um ideal de vida. Rezo apenas para que a nova geracao nao se perca no caminho, assim como tantos a cada dia, podemos ver, e nada a fazer, mas lamentar….

      1. Snoop disse:

        Não adianta cobrar fiscalização do poder público (que deve existir sim, que fique claro) se a família está podre. Ultimamente só se cobra dos “intermediários” (professores, por exemplo), e esquecem dos pais, pessoas que REALMENTE tem a obrigação de educar os filhos. Inversão de valores e obrigações tremenda.

    2. andre disse:

      isso mesmo a festa de sabado nao tem nada a ver

    3. rozilma gomes disse:

      vc tem filhos adolescentes,para saber como são influenciáveis?

  2. Mauricio Dantas disse:

    Essas festas só servem para empresários picaretas ganharem dinheiro a qualquer custo, até mesmo com a morte de jovens e incentivo as drogas, e bandas e cantores medíocres tentarem fazer sucesso!

    1. andre disse:

      nao tem nada a ver cara as pessoas que vaõ pra festa mal intercionado

    2. Anônimo disse:

      NADA A VER O QUE SEU FILHO FEZ?
      VOCE JA SE PERGUNTOU?

  3. LUCIANA FIALHO disse:

    Enquanto isso, os barzinhos que estavam cobrando apenas uma taxa artística revertida totalmente para os artistas estão agora com Garçons de braços cruzados, pessoas preocupadas, musicos com filhos pra criar e sem trabalho, seguranças na mesma situação.

    As autoridades precisam rever tudo isso, moro visinho ao bode e achei um abuso de poder parar o divertimento e a geração de emprego e renda ai gerados.

    AGORA PARA FESTAS COM AVIÕES E CIA as autorizações estão disponiveis, OLHA quam ajuda nossa cidade nos SHOWS COMO FEIRA DA FAMILIA! FORRO DO BECO com renda revertida para o bem são nossos ARTISTAS.

    Vi uma reportagem linda em que depois de um show com renda revetida pra o bem, o Pega Leve entregou uma CASA ao nadador que ficou paraplégico MARCELO UBALDO, GENTE isso precisa mudar e essa DITADURA E TERRORISMO implantados aqui acabem.

    1. Nara disse:

      Se você acha bom passar à noite dentro de casa com o barulho, é uma questão pessoal e individualista. Imagine passar à noite tentando dormir ou ter filho pequeno dentro de casa chorando,porque não consegue dormir. A Lei do silêncio veio para respeitar o nosso direito e , vários países, como o Canadá (que eu conheço) as pessoas se divertem sem incomodar o próximos. Os bares ( púbis -como é conhecido lá) são fechados e tem som acústico para evitar o barulho, além do mais, criança é proibido e, qualquer lugar que tenha bebida, mesmo acompanhada dos pais, pois é uma forma de proteger a criança e não estimular o vício. O que mais a gente ver naquele bododrómo são pais bebendo com crianças sentadas ao lado deles. Este é o maior estímulo que uma criança pode receber: se meu pai bebe é porque é bom. O resultado é este acima citado por Carlos Brito.

      1. Snoop disse:

        “Púbis”? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  4. Petrolinense disse:

    Lamentável a situação que se encontra a violencia e o desrespeito a vida, a juventude hoje com sua intensidade insana só chegará a resultados como os vistos nos noticiários. A morte, as drogas e o sofrimento.
    Observo que tem faltado algo fundamental, de base, a educação doméstica.

    Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.
    Provérbios 22:6

  5. AlineSousa disse:

    O que eu acho uma grande INJUSTIÇA e aquele tal de RANCHO aberto enquanto la tem de menores, prostiuitçao, bebida de menores… Ja os lugares conservados tao querendo fechar.
    Temoos que fechar esses lugares cade a justiça, a lei aqui nao vale nada nao e? Nao aguento mais isso meninas lindas e meninos vao la se prostituir, usar drogas enquanto os policiais vão la veer, eles gosta do que as meninas que dão osadia e ficam dançando, cade o valor? Temos que buscar os valores de nossas filhas, sobrinhas, ate tias!

    1. andre disse:

      mais ali e distante de casa residencial ali pode fazer tudo agora a areia branca tem que fecha mesmo bode assado do geraldo etc

      1. Anônimo disse:

        Não andre moro pertinho da minha casa o barulho terrível e de madrugada é gritaria gente dando cavalo de pau nos carros e onde esta a policia q ñ ver pessoas bebas dirigindo e a lei seca ? Cade?

  6. josemar disse:

    Onde se encontra a promotoria? Se é que existem pra esse tipo de situação, crianças pintam e bordam e nada acontece…..

  7. Edilson disse:

    O problema muitas vezes não é a falta de orientação dos pais ou isto ou aquilo. A maioria desses jovens trabalha e faz parte de um grupo que cresce a cada dia: são os novos consumidores. Que não são tão novos assim! E isso se refere ao consumismo que vai desde uma simples caixa de chicletes a roupas da moda e carros e motos do ano, sendo assim, fugindo ao controle de pais ou responsáveis, já que eles se acham tão independentes, agindo assim, os pais evitam um breve conflito familiar. Existem também os que tem a conivência dos pais, e esses na maioria, são filhinhos de papai do presente, pais esses que foram “playboys” ou “patricinhas” no passado, e não encarnaram os papeis de pais de família ou senhores de negócio, que pra esse fato deveriam ser “caretíssimos”. É isso, a falta de base familiar está na cabeça de cada um, independe de religião e respeito. O fato é se preocupar com a tua vida e não causar danos a vida alheia, nada mais. Ser coerente nas atitudes e sempre que possivel procurar ser solidário e preocupado com o próximo. E colocar de uma vez por todas na cabeça que festa não é a melhor coisa do mundo, que o cara não vai morrer se não comparecer numa dessas baladas. Corre o risco sim de morrer, indo, e se envolvendo em confusões, mtas vezes perdendo a vida por bobagens!

  8. Damis disse:

    A primeira escola de educação para nossos filhos é oriundo dos lares. Esse princípio de orientação é o correto. Porém, como podemos aplicar esses recomendações quando o próprio lar e nem à maneira em que essas crianças são educadas não tem nenhuma estrutura de convivência social e nem convivência de subsistência? É muito difícil ensinar regras de boas maneira se os próprios valores quanto à importância do ser humano está em descaso. A questão é muito mais profunda que pensamos, somos até certo ponto culpados, pois a nossa política perversa e capitalista está levando à nossa sociedade não ter amor por à vida. Há uma desordem total, as injustiças são praticadas em céu aberto, as políticas públicas são ineficientes, falta um controle rigoroso e fiscalização quanto à aplicabilidade das leis, em muitos lares pais e filhos são privados de comunicação, aquele respeito e limite que deveria haver em ambos perderam-se no tempo, as drogas estão ocupando todos os espaços, é preciso que haja uma preocupação em massa em todos os setores representativos, tanto os poderes públicos e particulares, senão veremos mais horrores acontecer em nossa cidade, a guerra entre o bem e o mal é algo milenar, mas podemos nos unir com as armas da união e solidariedade e buscar uma alternativa mais eficaz para diminuir os índices de violência e morte de jovens tão prematuros em nosso município. Não é um problema específico dos poderes públicos, é um problema que diz respeito a todos nós, portanto, população e governo haverão de se unirem num esforço comum de buscar a melhor solução, combatendo não o problema e sim a causa.

  9. maria josefa disse:

    Ainda acho que estas festas deveriam sim, serem mais fiscalizadas a até terem um limite, pois o excesso em tudo é prejudicial. Não é só os pais impedirem os filhos de frequentarem as festas porque eles precisam de diversão. Só que eu acho que precisaria ser um pouco limitada, porque o que acontece é gente querendo viver só de fazer festas e nem trabalhar mais, Uma festa ou duas no ano e já garantem o luxo e o sustento o ano todo. Absurdos praticados, preços exorbitantes onde nem estudantes têm direito a meia entrada. Não se tem mais mesas, nem cadeiras e quando tem o preço é tão alto que ninguém pode comprar, aí fica estes jovens alienados, bebendo exageradamente e cometendo todo tipo de insanidade. Festas ridículas que nem os pais aguentam acompanhar os filhos, som altíssimo, músicas, que nem sei se podemos chamar de música, horríveis, Algo tem que ser feito. Triste liberdade de expressão.

  10. DAVID NOMERO DE MACEDO disse:

    A CULPA NÃO É A FESTA,MAS O MONSTROS QUE SÃO CRIADOS DENTRO DOS LARES POR PAIS QUE ESTÃO MAIS PARA MARICAS E A SOCIEDADE QUE QUER SEMPRE ACHAR UM CULPADO PARA CRISTO.
    A SOCIEDADE ESTAR DOENTE E VIVE O PONTO DE ILUSÃO,QUER LEI,MAS SÓ PARA OS OUTROS,QUANDO FERE O SUA VONTADE COMEÇA A RECLAMAR E FALAR EM DITADURA,SINTO MUITO,MAS LEI NÃO É PARA AGRADAR E SIM CUMPRIR…………DIGO, EU GOSTO DE FESTA E DAS MAIS BARULHENTAS(MUSICA ELETRÔNICA)MAS NÃO POSSO RECLAMAR DA LEI E SIM BUSCA LUGARES QUE POSSA OUVIR SEM PERTUBÁ
    O PRÓXIMO.

    É DIFÍCIL AGRADAR A TODOS

  11. thiago disse:

    festas não tem nada haver com esses episódios, o poder publico deveria cuida de problemas graves que esta mesmo dentro da corporação, então se for para coagir as pessoas que comesse por esses que facilita o roubo, o trafico e etc, vamos fiscalizar mais isso, ninguém se sabe o motivo desse fato, mas botar culpa nas festas que existe, isso n concordo, não gosto de festa mas sei que é uma opção de diversão, promotores, juízes e outros não curte também. então..

  12. rozilma gomes disse:

    VI VÁRIOS MENORES DE 18 ANOS NESSA FESTA,MAS COMO ESTAVAMCOM A CAMISA DA FESTA
    E ALÉM DISSO BÊBADOS, O JUIZADO DE MENORES FINGE NÃO VÊ.

  13. david disse:

    Muito comentários legais! Da hora!!!! Até parece que Petrolina não é no Brasil, onde tudo pode e ninguém faz nada pq é proibido tudo pro menor: menos sexo,drogas e … vagabundagens! Pais e mães sem moral alguma pra nada. Ninguém quer investir em educação, pq? Pq festa dá mais dinheiro né! Mais uma vez, isso é Brasil minha gente e não é Petrolina que vai ser diferente do restante do país! Todo final de semana tem uma festa e o mais liso dos vagabundos está lá, agora pra comprar um livro, é caro.

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