Artigo: Ex-secretária de Desenvolvimento Urbano de Juazeiro cobra políticas públicas que inibam violência contra mulheres

por Carlos Britto // 30 de maio de 2012 às 20:32

A ex-secretária de Desenvolvimento Urbano de Juazeiro e militante do PT, Célia Regina Carvalho, cobra dos governantes brasileiros, neste artigo, a implementação de políticas públicas capazes de coibir a violência contra mulheres, que ainda continua preocupante.

Confiram:

No Brasil, muito embora 91% dos homens dizem considerar que “bater em mulher é errado em qualquer situação”, dados reais e tristes nos alertam: “1. Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica; 2. Uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido; 3. Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência; 4. O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados”.

Em tempo algum, mais ainda, em tempos de amplas conquistas nos diferentes espaços de poder, torna-se inadmissível aceitarmos que 46% dessa violência praticada contra nós tenha sua motivação no machismo. Na verdade, não aceitamos qualquer motivação para justificar a Violência Doméstica praticada contra Mulheres.

A Violência contra Mulheres não alcança somente a mulher. Não se trata aqui de uma questão de gênero. A violência, seja ela contra quem for, deve ser reprovada. No caso da Violência Doméstica contra a Mulher, é preciso enxergar que existem muitos desdobramentos capazes de alcançar gerações inteiras. A criança vítima de agressões praticadas por seu próprio pai, estará, certamente, muito mais vulnerável ao ciclo proposto pela Violência.

Um país que admite a Violência Doméstica como algo comum, não pode afirmar através de seus governantes que tem compromisso com a educação, com a saúde e, menos ainda, com o social.

Estão na educação, na saúde e no social os mais expressivos e palpáveis resultados da Violência Doméstica. São setores interligados e capazes de dar mostras reais de índices que se traduzem na política de paz ou não, praticada nas famílias em toda a sociedade.

Há sempre algo mais que podemos fazer para combater a violência. Denunciar é uma atitude que deve ser assumida! O serviço de denúncia Ligue 180, específico para receber queixas de violência doméstica contra a mulher, registrou um aumento nos últimos anos.

Ainda assim, o medo continua sendo a razão principal (68%) para evitar a denúncia dos agressores. Em 66% dos casos, os responsáveis pelas agressões foram os maridos ou companheiros. O Ligue 180 registra 53% de risco de morte em relatos de violência contra as mulheres

Precisamos de governantes comprometidos com políticas públicas capazes de erradicar a Violência Doméstica contra a Mulher, todavia, precisamos muito mais, assumir o nosso papel como cidadãos responsáveis que somos pelo bem comum e denunciar diariamente os agressores da nossa história.

Célia Regina/Ex-Secretária de Desenvolvimento Urbano e militante do PT-Juazeiro

Artigo: Ex-secretária de Desenvolvimento Urbano de Juazeiro cobra políticas públicas que inibam violência contra mulheres

  1. Ademir Barreto disse:

    Esta quer é se promover acha que um dia será vereadora de minha cidade! Cai fora sanguessuga!

  2. Eduardo disse:

    Mas conheço algumas que adoram um tapinha né ……..

  3. Celia Regina Carvalho disse:

    Ademir Barreto! 1. Não tenho pretensões de candidatar-me a vereadora no NOSSO MUNICIPIO! 2. Não sou sanguessuga. Trabalho desde os meus 16anos. Sou mãe responsável por 04 filhos os quais crio com o resultado de trabalho. Muto trabalho. 3. Faço uso do espaço para denunciar mais essa VIOLÊNCIA praticada por você contra mim. Agressões verbais também são caracterizadas pela Justiça como Violência contra a Mulher.

  4. Celia Regina Carvalho disse:

    Meus agradecimentos ao blog pela publicação do artigo. Juntos combateremos a Violência contra a Mulher em suas diversas formas!

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