Neste artigo, o leitor Aristóteles Cardona faz uma análise concisa dos fatos que estão por trás do ‘tarifaço’ estabelecido pelo presidente norte-americano Donald Trump contra os produtos brasileiros.
Boa leitura:
O recente tarifaço dos Estados Unidos contra produtos brasileiros escancarou algo que já sabíamos, mas que alguns ainda tentavam negar. Há quem ocupe cargos no Congresso e, em vez de defender os interesses do país, atue deliberadamente contra ele. Eduardo Bolsonaro é um exemplo acabado desse tipo de político. Agiu para enfraquecer as negociações, interferindo inclusive para cancelar reuniões que poderiam abrir caminhos para proteger trabalhadores, empresas e setores inteiros da nossa economia. Não há ali um projeto de nação, apenas a defesa cega e incondicional de sua família.
Enquanto o governo brasileiro buscava alternativas diplomáticas e econômicas para reduzir os impactos das tarifas, parte da bancada de extrema-direita se empenhava em sabotar as tratativas. E não estavam sozinhos. Governadores como Romeu Zema, de Minas Gerais, e Tarcísio de Freitas, de São Paulo, não hesitaram em lançar apoio público aos ataques vindos dos Estados Unidos desde o primeiro momento.
A consequência é concreta e imediata: o golpe atinge regiões como o Vale do São Francisco, onde a produção de uvas e mangas abastece mercados internacionais e garante o sustento de milhares de famílias. Quando barreiras desse tamanho se levantam, cada reunião perdida significa empregos ameaçados e renda que deixa de circular.
Essa postura expõe uma característica particular da extrema-direita brasileira. Não se trata apenas de uma agenda ideológica conservadora, mas de um oportunismo que não hesita em sacrificar o próprio país para atender a interesses pessoais e de grupo. É uma lógica que corrói o sentido mais básico de representação política.
Lá fora, figuras como Donald Trump encontraram resistência até entre seus pares quando tentaram atravessar certas linhas que colocavam a integridade nacional em risco. No Brasil, a história é outra. Aqui, essa direita que se diz patriota se comporta como cúmplice quando o ataque vem de fora, oferecendo apoio irrestrito mesmo diante de medidas que prejudicam diretamente a população.
Não é apenas sobre tarifas ou comércio. É sobre compreender que representar um país exige lealdade à sua gente e compromisso com seu futuro. Quando isso é trocado por fidelidade pessoal e cálculo político, a pátria deixa de ser causa e vira apenas moeda de troca.
Aristóteles Cardona/Médico e Professor



Alguém tem dúvida qual o lado político que o Professor aí defende?..grandes chances de militância em sala de aula…
Faltou alguém refrescar a memória dele e lembrá-lo que quando Lula estava preso (de forma justa, por um juiz natural e após passar por duas instâncias) a trupe do PT foi à Europa, à tv all Jazira pedir “alguma atitude” contra o Sérgio Moro e contra o Brasil. E aí, o professorzinho também defende que esses aí são traidores da pátria? Lógico que não, aí ele vai dizer: “mas aí nesse caso…”
KKKKK…ESSE TEXTO PARECE TER SIDO REDGIDO POR UM ESQUERDISTA… QUANTA DISTORÇÃO E MANIPULAÇÃO. ALGUM EQUINO VERMELHO PRA PEGAR AR???
Uma ala desse país que desconhece o conceito de nação. Vive à lucros inimagináveis, e prejuízos sempre vão recair sobre os demais brasileiros. E isso engloba todos os setores de poderosos. Exportam dividendos, e fazem-nos saber o tamanho da conta a pagar.
Defendam o Brasil do PT, fora Lula e impeachment ao Moraes já !
Parabéns pela boa colocação, cabe as pessoas que se diz patriota pensar e ter consciência de que lado está, ao lado do Brasil ou ao lado de políticos que só que ver seu lado.
Muito lúcido o seu artigo, caro professor. A chantagem novelesca, da pior espécie, engendrada e comemorada nas redes sociais, se revela a mais absurda extorsão praticada em defesa de interesses de uma família que não respeita a sua pátria.
Legal! Posicionamentos como este nunca foram tão necessários. Vivemos um momento muito sensível. Precisamos cada vez mais de pessoas como o Dr. Aristóteles na política. Terá o meu voto e com certeza o de muitos petrolinenses e brasileiros de verdade.
Verdade
Verdade, falas duras, porém verdadeiras
Luladrão tentou substituir o dólar e o carrasco Alexandre atacou Musk, simples assim, tá colhendo o q plantou,vai piorar.
Vai piorar pra você.
O texto confunde análise econômica com disputa ideológica. O chamado tarifaço não nasceu de articulações internas brasileiras, mas de uma política protecionista recorrente dos EUA, usada tanto por democratas quanto por republicanos. Atribuir sua origem a supostos atos de Eduardo Bolsonaro ou a governadores é desviar o foco do essencial: a fragilidade da diplomacia comercial brasileira, que há décadas não constrói políticas consistentes de defesa das exportações. Reduzir o debate a acusações contra a “extrema-direita” é simplificação retórica. O que está em jogo não é lealdade a partidos ou famílias, mas a ausência de uma estratégia nacional sólida capaz de blindar setores produtivos — como o Vale do São Francisco — da oscilação de humores do mercado internacional.