O radialista Marcelo Damasceno é mais um a colaborar com este Blog, por meio de sua coluna batizada ‘Petrolina feita por sua gente’. O personagem da estreia é o vereador e professor José Batista da Gama.

Confiram:

Batista da Gama: Em defesa da autonomia e extensão rural

Professor de carreira na rede pública, o agrônomo e vereador petrolinense em 4 legislaturas, José Batista da Gama, após sua passagem no Governo de Pernambuco (1975-1995) como extensionista rural, transferiu-se para o Instituto Federal de Ensino (Ifet Sertão) em Petrolina. Botafoguense fanático, Batista da Gama (PDT-PE) reveza sua jornada de trabalho entre a câmara municipal de vereadores, sala de aula ministrando extensão rural e prestando serviço voluntário como técnico em hortas comunitárias na periferia da maior cidade pernambucana no oeste deste estado.

Petrolina, onde nasceu Batista da Gama, na condição de agrônomo e educador, este educador divide-se e respira política e futebol entre amigos. Batista da Gama retoma agora uma bandeira rural que modifica a realidade social e urbana, também na atividade agrícola em boa parte dos setores norte e oeste da cidade. A propósito da revolução das hortaliças produzidas e comercializadas aqui.

Um agronegócio que informalmente continua a empregar dezenas de jovens e gente movida por essa ‘ diáspora’ sertaneja. Quanto a esse contexto, ele revela que ” lamentavelmente, e de igual modo prazeroso pra nós, o êxodo rural foi absorvido em boa parte por Petrolina, acolhedora de famílias inteiras tangidas pela seca e infortúnio social, oriundas de quase todos os estados do Nordeste em cerca de 112 diferentes municípios, conforme pesquisa de órgãos públicos, e hoje com atividade no pequeno negócio da horta comunitária”, afirma.

Nessa matéria especial sobre agronegócio e meio ambiente, estreamos essa entrevista com o professor José Batista da Gama, agrônomo formado pela Universidade da Bahia (Uneb), na vizinha Juazeiro, com mestrado na Universidade Federal Rural em Viçosa, Minas gerais.

Petrolinense com raízes genéticas desde a região ribeirinha da caatinguinha e tapera e vínculos tradicionais no bairro São Vicente de Paulo (o Atrás da Banca), de numerosa família entre irmãos, tios, filhos, sobrinhos, divididos fanaticamente entre os clubes brasileiros flamengo e botafogo e agenda dominical com a disciplina só comparada aqui na ilustração flagrante da fidelidade religiosa de evangélicos brasileiros ou islamitas em Teerã (capital do irã).

Batista da Gama é a primeira personalidade desta seção informal sob o tópico ‘Petrolina por sua gente que trabalha’. Com isso estamos rompendo com o protocolo e pedantismo das matérias sujeitas a “hierarquias equivocadas e dispensáveis, infelizmente uma subserviência nossa com a mania brasileira ao coroar todo dia pela mídia nativa, príncipes e reis sem trono e soberanos de ninguém. Essa mania de ser submisso e pequeno”. Esse culto ao império social ou econômico só divide. A promoção dos súditos é um reconhecimento nosso muito justo e, infelizmente, atrasado.

Marcelo Damasceno/Radialista