O leitor Aristóteles Cardona faz uma análise pertinente, neste artigo, sobre o cenário mundial em crise, as facetas da extrema-direita e o papel relevante do presidente Lula em dissipar essa crise por meio do diálogo.
Boa leitura:
A política internacional entrou numa fase de rearranjo acelerado. O que antes se resolvia em gabinetes agora é decidido em posts, ameaças e alianças improváveis. No meio desse turbilhão, a extrema-direita global parece ter encontrado um novo fôlego, vestindo roupagens diferentes, mas mantendo o mesmo projeto de fundo: enfraquecer a democracia, desacreditar as instituições e colocar o Estado a serviço dos bilionários.
O que se vê hoje é uma disputa geopolítica marcada pela tentativa da extrema-direita de transformar crises globais em palco para suas ambições internas. Trump voltou a usar o discurso nacionalista para justificar protecionismo e sanções, enquanto partidos da Europa central tratam migrantes e minorias como inimigos existenciais. O que muda de país para país é o sotaque da intolerância. No Brasil, o eco desse movimento ressoa com força entre quem acredita que a soberania é o direito de desrespeitar os outros e que o patriotismo se mede pela quantidade de inimigos inventados.
Essa nova configuração mundial tem um elemento comum: a tentativa de transformar medo em projeto político. É a exploração sistemática da insegurança das pessoas, canalizada em discursos que prometem ordem e força, mas entregam autoritarismo e desinformação. O velho truque da história reaparece com cara nova, agora impulsionado por algoritmos e por uma comunicação que salta fronteiras em segundos.
Enquanto isso, Lula tenta, e tem conseguido, se afirmar como uma liderança mundial corajosa, que fala de paz quando o mundo fala em guerra, que insiste na cooperação quando tantos escolhem o isolamento. A despeito das sabotagens internas e externas, o Brasil volta a ser ouvido, volta a propor pontes num tempo em que quase todo mundo quer construir muros.
O que está em disputa é o lugar que o Brasil quer ocupar nesse novo tabuleiro. Ser mero espectador de uma disputa entre potências ou afirmar-se como país capaz de falar em nome dos que ainda acreditam em justiça e cooperação. O desafio é enorme, porque envolve resistir às pressões econômicas e ideológicas que empurram o mundo para o autoritarismo. Ainda assim, há algo simbólico em ver o Brasil defender o diálogo num tempo em que a maioria só sabe ameaçar.
A extrema-direita global se reinventa com velocidade, mas carrega a mesma essência que a moveu no século passado: o culto à força e o desprezo pela empatia. O que pode derrotá-la não é o espelho, e sim o contrário disso. Num mundo fragmentado e em crise, afirmar a solidariedade como eixo político é mais que resistência, é estratégia de sobrevivência.
Aristóteles Cardona/Médico e Professor



Saber que ainda existem pessoas sensatas e normais traz um pouco de alívio a quem ainda está conectado com a realidade. Parabéns pela inteligência e pela lucidez. Obrigado por me fazer enxergar uma luz no fim do túnel.
Perfeita percepção do momento atual. A bandeira do medo, que tem sido empunhada pelos EUA, não pode presidir as relações internacionais. Parabéns ao articulista.
Em qual planeta esse Aristóteles vive?
Que artigo tosco…
Quando fala em extrema direita já não tem moral nem uma para escrever nem um artigo, do ladrão ,defensor de traficantes e tudo que não presta ele passa a língua, vc só enrola jumentos e retardados com esses artigos.
O que estamos vivendo no Brasil de hoje, o ex presidiario presidente através de clientelismo, distribui o dinheiro do contribuinte com esmolas, bolsas a pessoas improdutivas, para usar drogas e bebidas. Sem PRODUÇÃO, quem vai pagar está conta depois? Empresas já não acham mais trabalhadores para trabalhar! Fala muito o petista COMUNISTA, não faz nada prático só critica, na prática a teoria é outra. EUA ajudam países ditatoriais com negociações e financeiro, “Derruba ditadores tiranos”, já acabou com guerras na prática. Essa é a realidade pra quem aceita a verdade, está ai pra todo mundo ver. No regime militar o governo criava “frentes de emergência”, limpeza de rodovias, vias públicas, o sujeito trabalhava e sustentava a família com dignidade, sem “esmolas” ou bolsas. Hitler dizia: “você depena galinhas, depois distribui migalhas e elas fazem filas para segui-lo”. Políticos no Brasil só pensam em “roubar”, não investem no progresso do pais, ai querem confrontar a maior potência do planeta, ainda bem que EUA é a maior democracia da terra. Invistam no Brasil e parem de contestar países democratas super potências, acabem com a roubalheira! Hoje é difícil acreditar na imprensa negra, redes, políticos, justiça, é o caos social no Brasil. A cada dia explode mais corrupção nas instituições públicas. Aconselho a leitura da fábula o “Rato que Ruge”, retrato do brasil de hoje. A fabula inglesa “O Rato Que Ruge” é uma comédia britânica de 1959, dirigida por Jack Arnold e baseada no livro homônimo de 1955 do escritor irlandês Leonard Wibberley. Essa é a minha visão de Brasil, hoje.