Artigo do leitor: Dois “Brasís” – duas realidades, muita gente insatisfeita

por Carlos Britto // 26 de junho de 2013 às 21:00

Lamentando os atos de vandalismo durante as manifestações ocorridas em todo o País, o leitor Geraldo da Silva Souza critica duramente a minoria que escolheu a bandalheira para protestar.

Neste artigo enviado ao Blog, ele ressalta que o atual momento precisa servir de amadurecimento político para o povo brasileiro. Confiram:

O Brasil dos gramados e o Brasil das ruas são bem diferentes: nos gramados, euforia e festa, tudo é alegria. Nas ruas, a alegria se mistura com vandalismo, choro e agonia.

Em nome de uma coisa linda que é a democracia, uma coisa feia está acontecendo em nosso país todo dia.

Não posso admirar um ato público que promove a desordem pública. Se é verdade que nada dá certo começando errado, não posso aprovar um pedido certo de maneira errada. É claro que queremos ser ouvidos, é óbvio que queremos soltar a voz e reivindicar os nossos direitos. Mas se esse é o remédio para uma sociedade doente, temos que pensar também nos efeitos colaterais, porque nesse caso não é justo derrubarmos os vinte centavos e perdermos o patrimônio que vale milhões de vintes centavos, bem como não é decente ganharmos pouco perdendo muito, tipo: Triunfar na guerra dos vinte centavos e assistir a essa mesma guerra destruir vidas de valores incalculáveis.

Se questionarmos os brasileiros em relação aos dois Brasís, a maioria iria escolher sem dúvida o Brasil dos gramados, onde tudo é festa. Já o Brasil das ruas no momento recebe críticas e elogios ao mesmo tempo, porque está cobrando algo decente usando os mecanismos da indecência e da desordem.

Não conseguiremos quase nada agindo assim, e o que conseguirmos poderá ser incompatível com os prejuízos, consequências do quebra-quebra, resultado da ação irracional de uma minoria que não tem nem amor próprio, quanto mais amor à pátria.

Imagino que mais sensato seria unificarmos os Brasís. Ao invés de dois, apenas um com direitos iguais, onde todos pudessem usufruir de tudo e não tivessem privilégios e privilegiados, políticos enganadores e nem eleitores enganados, pois só assim o Brasil se tornaria um país sem miséria e passaria de fato a ser um país de todos.

Espero ver cair o muro da indiferença enquanto aqui viver, mas creio que isso só será possível quando nós, eleitores, tivermos a consciência que o destino da nação está em nossas mãos. Pelo contrário, iremos viver assim brigando, se matando por centavos e vendendo o voto por real, sem se dar conta que esse comércio ilegal prejudica não só os que se vendem, mas a todos que lutam por direitos não usufruídos até agora.

Meus amigos, o que quis dizer foi: o mesmo povo que briga pelo o aumento de vinte centavos nas passagens do transporte público é o mesmo povo que por bem menos vende o voto nas eleições, sem pensar na coisa pública.

O voto consciente, sem interesse próprio e pensando no bem estar de todos, eliminaria o tumulto das ruas e transformaria o Brasil dos estádios em um só Brasil, alegre e todo nosso.

A receita é simples e fácil de aprender. As eleições do próximo ano estão vindo aí. Tá na hora de começarmos a vencer, vamos virar esse jogo com cidadania, votando de maneira correta para definitivamente gozarmos do que é politicamente correto: a “Democracia”.

Geraldo da Silva Souza/Leitor

Artigo do leitor: Dois “Brasís” – duas realidades, muita gente insatisfeita

  1. Sacomé-né disse:

    Postado em 26 de junho de 2013 por Carlos Britto às 10:00
    Servidores em educação da rede municipal de Afrânio (PE) lamentam desrespeito ao piso

    Em Afrânio (PE), no Sertão do São Francisco, os servidores em educação não andam nada satisfeitos com a administração municipal.O problema, segundo informações repassadas ao Blog, diz respeito ao Piso Nacional da categoria, que estaria sendo desrespeitado pela prefeitura devido a constantes atrasos desde o início do ano.

    O espaço está reservado ao município para os devidos esclarecimentos.

  2. cacia disse:

    Ainda bem que muitos brasileiros acordaram têm mais é que IR PARA AS RUAS SIM chega só do Brasil dos gramados e festas e as mazelas tomando de conta do nosso País.

  3. Maria disse:

    Não tenho outras palavras a não ser dizer: MUITO BEM!
    “Meus amigos, o que quis dizer foi: o mesmo povo que briga pelo o aumento de vinte centavos nas passagens do transporte público é o mesmo povo que por bem menos vende o voto nas eleições, sem pensar na coisa pública.

    O voto consciente, sem interesse próprio e pensando no bem estar de todos, eliminaria o tumulto das ruas e transformaria o Brasil dos estádios em um só Brasil, alegre e todo nosso”.

    Essas palavras resume tudo. Enquanto o povo se vender, participar de oba-oba, deixar-se ser manipulado pela mídia, não vai surgir mudança nenhuma, se não muda essa atitude, é porque quer continuar na corrupção do qual ele também é agente ativo e passivo, não é coitado e nem vítima da situação. O MAIOR CULPADO DA CORRUPÇÃO É O PRÓPRIO POVO QUE SE VENDE, QUE SE DEIXA MANIPULAR SEJA DE QUAL CLASSE SOCIAL FOR, DE QUAL RAÇA FOR, TODOS SÃO RESPONSÁVEIS POR TUDO QUE ESTAMOS PASSANDO.

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