Em mais um artigo, o advogado Rivelino Liberalino faz uma profunda reflexão sobre os tempos atuais. Confiram:
Há uma dor que não sangra, mas corrói.
Um veneno que não arde na boca, mas adormece a alma.
Estamos sendo lentamente desfeitos — e quase ninguém percebe.
Vivemos sob o efeito de uma engenharia perversa de alienação que sequestrou nossa capacidade de sentir, refletir, conversar, educar e amar. Não se trata mais de opinião — trata-se de sobrevivência espiritual.
E a pergunta que ecoa, sufocada no silêncio das consciências adormecidas, é: a quem interessa o esvaziamento do ser humano?
Não precisamos mais de regimes totalitários para controlar uma população. Basta dopá-la com prazer imediato. Basta viciar sua mente em telas, sua autoestima em curtidas, seu senso de valor em notificações.
A nova escravidão é digital. E é silenciosa.
As drogas mudaram de forma.
Hoje, a dopamina não vem em pó, seringa ou garrafa.
Ela vem disfarçada de “reels”, de sons virais, de apostas online, de músicas vazias, de promessas de riqueza em três cliques.
Vivemos entorpecidos.
As redes sociais se tornaram os novos cassinos emocionais – onde o prêmio não é dinheiro, mas o próximo segundo de euforia.
Curtidas viraram doses. Comentários viraram aplausos falsos. E o vazio cresceu — na mesma velocidade da conexão.
Enquanto isso, a família se desfaz.
Não por tragédia repentina, mas por erosão diária.
Casas antes cheias de vida se tornaram cenários de zumbis conectados.
Pais já não conversam com filhos. Filhos já não olham nos olhos. O diálogo deu lugar ao feed. O afeto foi terceirizado às redes. O tempo juntos foi trocado por pixels.
E quando o amor silencia, o vício grita.
As apostas eletrônicas, as famigeradas “bets”, não apenas destruíram finanças – elas destruíram lares.
A falsa promessa de dinheiro fácil roubou a honra de homens simples, a paz de mães batalhadoras, o futuro de jovens promissores.
Casamentos quebrados. Suicídios abafados. Dívidas que não são apenas econômicas — mas morais e espirituais.
E tudo isso é vendido como liberdade. Mas não é liberdade: é servidão voluntária. Não é coincidência. É projeto.
A lógica é simples:
Quanto menos você pensa, mais consome.
Quanto mais você se compara, mais se deprime.
Quanto mais você se anestesia, menos você reage.
E nesse cenário, a música deixou de ser arte e virou algoritmo.
Já não se canta para tocar a alma – canta-se para capturar o ouvido.
Não se compõe para emocionar – compõe-se para prender.
O autotune calou a emoção. A batida repetitiva sepultou a poesia.
E a cultura virou ruído.
Estamos diante da mais eficiente máquina de desumanização da história.
E o mais grave: nós a alimentamos todos os dias.
Com nosso tempo. Nossa atenção. Nossa alienação.
A sociedade que deveria formar cidadãos, hoje fabrica dependentes emocionais.
A família, que sempre foi o último reduto de humanidade, está sitiada.
E se a família adoece, o país apodrece.
Sem vínculos verdadeiros, não há nação saudável.
E então, de novo, eu te pergunto:
A quem interessa isso?
Quem ganha com uma sociedade dopada, fragmentada, consumista e vazia?
É hora de acordar.
Não com gritos, mas com lucidez.
Não com ódio, mas com coragem.
Coragem de sentar-se à mesa e olhar nos olhos.
De ouvir sem pressa. De sentir sem medo.
De reconstruir o que ainda resta.
A maior revolução que podemos fazer hoje é desconectar para reconectar
com nossos filhos, com nossos pais, com nós mesmos.
A maior resistência é ser presente.
Ser inteiro. Ser humano.
Porque, no fim das contas, a verdadeira riqueza nunca esteve nas mãos. Esteve nos vínculos.
E quando os vínculos se vão, a civilização ruge à beira do colapso.
Rivelino Liberalino/advogado



Parabéns pelo artigo meu primo!
Ótima reflexão!!
Precisamos ser presente a cada dia…vencendo a tecnologia.
Parabéns meu primo pelo artigo!!
Ótima reflexão.
Precisamos ser presentes a cada dia e vencendo a tecnologia.
Reflexão pontual e precisa! Reflexão extraordinária. Parabéns. Para abrir nossos olhos, o primeiro passo sempre será o nosso!
A doutrinação, alienação, é tão profunda no cenário politico e social no Brasil de hoje, que vemos pessoas negarem “O REAL”, contestarem fatos concretos. Eles desprezam a razão.
Na pseudo DEMOCRACIA do Brasil hoje temos, Um presidente ex presidiário COMUNISTA, entrega o Brasil a China comunista; 1 ministro no STF COMUNISTA assumido – Flavio Dino; Imortal na academia de letras Mirian Leitão, guerrilheira COMUNISTA desde 1964, quando o exército reprimiu ela e membros no poder hoje, de Comunistas. Assim caminha a democracia no Brasil de hoje.
Me defina o que é comunismo ? Vc já leu O Capital de Marx? O governo atual aboliu a propriedade privada ? O seu conceito de comunismo vem de uma repetição desqualificada de bordões da extrema direita sem um mínimo de reflexão com o que se fala . O artigo brilhante desse cidadão não trata somente da realidade do Brasil , mas do mundo . Bets , redes sociais, consumo musical de baixo nível, vem da exploração predatória do capitalismo. Você foi muito infeliz no seu comentário. Misturou canjica com polenta , coisa com coisa. Isso que os bolsonaristas dizem sobre o comunismo é, na prática, um bordão político sem fundamento conceitual.
Tecnicamente, o que Lula, o STF e o sistema político brasileiro representam não é comunismo.
O comunismo é uma teoria política e econômica baseada principalmente em Karl Marx e Friedrich Engels.
Pressupõe abolição da propriedade privada dos meios de produção, planejamento econômico centralizado e sociedade sem classes.
É algo que nunca foi plenamente implantado em nenhum país — o que se viu foram estados socialistas autoritários (URSS, China maoísta, Cuba etc.).
Economia capitalista de mercado: empresas privadas dominam a produção, bancos privados operam livremente, Bolsa de Valores ativa.
Constituição de 1988 garante propriedade privada e livre iniciativa.
O Estado é misto: participa da economia (empresas estatais, programas sociais), mas não controla tudo.
Lula é um político de centro-esquerda (com viés social-democrata), que defende políticas de inclusão social e alguma presença estatal na economia, mas não propõe abolir o capitalismo.
O STF é um órgão do poder Judiciário, com ministros de diferentes matizes ideológicas, que atuam dentro do sistema capitalista e democrático do Brasil.
Chamá-los de “comunistas” é, portanto, incompatível com a realidade.
É um rótulo simplista para criar medo e desqualificar o adversário.
Muitos que usam o termo não conhecem a definição real de comunismo e repetem a palavra como insulto político.
É uma tática antiga: nos EUA dos anos 50, o “macartismo” acusava qualquer opositor de ser comunista, mesmo sem ligação com o ideário marxista.
Nem Lula, nem o STF são comunistas no sentido técnico. O bordão é uma ferramenta de retórica política, usada mais para mobilizar emoções do que para refletir a realidade ideológica.
Sem querer polemizar, primeiro foi o ex presidiário presidente, que falou: “agora temos um ministro COMUNISTA no STF, Flávio Dino. O comunismo É uma UTÓPIA na prática, “Séria um regime igualitário. COMUNISMO ó próprio nome diz “comum a todos”, onde não existiria diferença de classes sociais. Sem muita delonga, não deu certo, Alemanha Oriental comunista, URSS e outros, na história não existe nenhum pais no planeta que implantou o comunismo e prosperou. Nunca vi tanta tortura, humilhação, privação de liberdade a um ser humano idoso, vitima de uma facada, como o ministro ditador faz com o ex presidente, um inocente, não roubou, não matou, poderia ser qualquer um de nós. Aconselho a leitura do livro a REVOLUÇÃO DOS BICHOS, do inglês GEORGE ORWELL, retrata o comportamento da facção petista. Stalin, foi o soviético pai do COMUNISMO na URSS. Minha opinião é fundamentada em fatos verídicos, reais da história, não ideológica, não tenho vínculo político nem políticos de estimação.