Neste artigo, uma leitora do Blog (que prefere o anonimato) denuncia rotina de desvalorização, abusos e condições precárias de trabalho dos funcionários do Conjunto Penal de Juazeiro (CPJ). Segundo ela, os funcionários sofrem perseguições, humilhações e a falta de suporte por parte da empresa responsável pela administração da unidade, a Reviver Administração Prisional.
Confiram:
Através deste portal de reconhecimento regional, venho expor mais uma das humilhações e injustiças que nós, trabalhadores do Conjunto Penal de Juazeiro (CPJ), estamos enfrentando. Desde já, deixo um questionamento: o Ministério Público do Trabalho existe ou atua em nossa cidade?
Serei breve, pois já estamos cansados de clamar por socorro sem sermos atendidos, ouvidos ou sequer procurados para expor nosso descontentamento. Até quando teremos que adoecer física e psicologicamente devido à falta de empatia da empresa e dos chamados “gestores”? Para nós, aqueles que administram o CPJ não são gestores, mas sim responsáveis pela precarização do nosso trabalho.
Estamos sendo humilhados, perseguidos, maltratados e mal remunerados. Somos pais e mães de família que precisam ser fortes para enfrentar as dificuldades diárias dentro do CPJ e garantir o sustento de nossos lares. No entanto, também necessitamos do apoio do poder público para nos auxiliar, prestar socorro e oferecer suporte diante das adversidades que enfrentamos.
Além de todas essas dificuldades, somos submetidos a revistas vexatórias em nossas bolsas e armários, além de inspeções pessoais. Precisamos passar duas vezes pelo raio-X, um tratamento que nos faz sentir cada vez mais próximos da condição dos presos do semiaberto, que passam o dia fora e apenas dormem no CPJ. O cenário parece invertido: nós passamos o dia inteiro trabalhando e, exaustos, voltamos para casa apenas para dormir.
Diante de tudo isso, fica a pergunta: o Ministério Público do Trabalho tem conhecimento dos inúmeros processos trabalhistas movidos contra a Reviver Administração Prisional no Conjunto Penal de Juazeiro?
Por razões óbvias, prefiro manter meu anonimato.
Atenciosamente,
Agente Reprimida



A pergunta que nao quer calar é, quem o político que está por trás?
Tudo na Bahia só funciona assim. Na base do toma lá da ca.
Muito difícil a situação. Se a empresa facilitar nas revistas dos funcionários a administração fica a mercê da fragilidade operacional. Primeiro: os funcionários podem ser requisitados ou forçadamente a participar da facilitação para prática de crime dentro do estabelecimento prisional como: entrada de dro e arma de fogo! Entrada de apetrecho para serem usados em caso de fucas. Segundo: cadê a secretária de ressorcializacão que não vê o que está acontecendo?; Terceiro: Cadê os deputados dessa cidade?