Artigo: A segurança privada como aliada do Estado no combate à criminalidade

por Carlos Britto // 30 de janeiro de 2013 às 18:00

No Brasil, a segurança privada cada vez mais cresce e vem servido como aliada do Estado no combate à criminalidade. É o que reforça, neste artigo enviado ao Blog, o oficial de reserva do Exército e coordenador de curso de segurança privada, Genilson de Oliveira Santos.

Confiram:

comando+seguranca+privada+de+festas+e+eventos+cariacica+es+brasil__3802E2_1Diante da criminalidade e do “medo de ser vítima do crime”, muitos particulares procuram apoio na segurança privada, que tem crescido cada vez mais no Brasil. É certo que hoje ela representa uma base fundamental na proteção de vidas e patrimônio de nossa sociedade.

Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o número de profissionais de segurança privada já ultrapassou, e muito, o efetivo de policiais militares e civis no Brasil.

As atividades de segurança privada serão reguladas, autorizadas e fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal DPF e serão complementares às atividades de segurança pública nos termos da legislação específica e suas atividades estão bem definidas pela legislação brasileira: Lei 7.102/83.

Já a segurança pública é prestada exclusivamente pelo Estado e compete a ele exercer e administrar suas atividades nos termos do art. 144 da CF, além de ser indelegável e intransferível.

O exercício da atividade de segurança privada no Brasil teve início em 1967 e, por não ter uma regulamentação que regesse suas atividades, era considerada uma atividade paramilitar.

A necessidade das instituições financeiras em recorrer à segurança privada devido ao aumento da incidência de assaltos fez surgir, em 1969, a primeira legislação autorizando o serviço privado: o Decreto Lei 1.034/69.

Ao longo dos anos esta necessidade deixou de ser exclusiva de instituições financeiras para ser fundamental também a órgãos públicos e empresas particulares. O decreto lei de 1969 já não comportava todos os aspectos da atividade e exigia uma normatização. Assim, com o objetivo de melhorar o setor, o governo cria em 1983 a lei 7.102 e a fiscalização deixou de ser estadual (SSP) e passou a ser federal (MJ).

A Segurança Privada, a cada dia que passa, ganha mais importância na proteção à vida e aos bens da sociedade brasileira, pois age de forma preventiva contribuindo para a diminuição da criminalidade. Hoje, a maior parte dos governos enxerga a segurança privada como parceira da segurança pública, e não como concorrente. Em alguns países é responsável inclusive pela segurança de bases militares.

A segurança privada libera o efetivo da segurança pública para atuar de forma mais incisiva no combate a criminalidade, à medida que fica responsável pela segurança de interesses individuais, por exemplo, a segurança de uma fábrica.

Assim, sobra mais tempo para a segurança pública cuidar dos interesses coletivos. Em muitos países já existem acordos de cooperação entre a segurança pública e privada. Quando os vigilantes presenciam qualquer situação iminente de crime, mesmo em áreas diferentes das quais eles trabalham, avisam as forças de segurança pública na tentativa de coibir os criminosos. Podemos chamar isso de integração.

Alguns fatores têm contribuído para o crescimento da segurança privada no Brasil. Podemos citar por exemplo: aumento da criminalidade; preocupação com o terrorismo frente aos grandes eventos que o país receberá, como Copa das Confederações, Olímpiadas e Copa do Mundo, aumento do poder aquisitivo da população, reconhecimento por parte dos governos da importância da segurança privada no combate à criminalidade, consciência do cidadão em melhor proteger a vida e o seu patrimônio.

No Brasil, o efetivo da segurança privada é superior a 640 mil vigilantes trabalhando em 1.500 empresas autorizadas a funcionar pela Polícia Federal.

De acordo com dados da Polícia Federal /SISVIP, o total de vigilantes contratados pelas empresas de serviços de segurança no Estado de Pernambuco é de 16.695 mil agentes de segurança patrimonial e 3.400 agentes especializados atuando na atividade de transporte de valores, contra cerca de 23 mil policiais civis e militares, quase que igualando aos contingentes.

Como efeito colateral desta crescente demanda, há também o aumento do número de vigilantes “informais”, pessoas muitas vezes despreparadas para a realização de uma atividade de tão alta periculosidade.

No entanto podemos afirmar que esse crescimento é fruto de um trabalho realizado pelas empresas de segurança por profissionais qualificados, novas tecnologias, técnicas e táticas de segurança e pela fiscalização e acompanhamento da Polícia Federal.

Destarte, podemos observar que o setor vem complementando a atividade de segurança pública devido à dificuldade e até incapacidade do Estado de prover a segurança da população em face da crescente explosão de violência, consumo de drogas, deficiência do sistema carcerário entre outros.

Por fim, podemos dizer que a segurança privada jamais irá exercer o “poder de polícia”, mas se torna um instrumento fundamental de apoio ao Estado na prevenção de crimes e vem se consolidando como importante protagonista na proteção de vidas e patrimônio das organizações públicas e privadas.

Genilson de Oliveira Santos/Oficial da reserva do Exército Brasileiro, coordenador de curso de segurança privada da Sertão Escola de Formação de vigilantes, formado em ciências biológicas pela UPE e pós-graduando em Gestão e Políticas em Segurança Pública MBA pela Estácio de Sá

Artigo: A segurança privada como aliada do Estado no combate à criminalidade

  1. carlos amorim disse:

    JA ESTA COMPROVADO QUE QUE O PRIVADO QUER SE APROVEITAR DO ESPAÇO QUE O PUBLICO ABRE PRA ELE, PRA BENEFICIO ECONOMICO PROPRIO. NÃO PODEMOS ACEITAR QUE O PRIVADO COMANDE NOSSOS ORGÂOS PUBLICOS. ATE PORQUE DEIXAR UM ORGÃO QUE LUCRA COM AS MAZELAS DO POVO É IMCOMCEBIVEL ACEITAR ISTO.

  2. Snoop disse:

    Vale ressaltar que a maioria das empresas é registrada no nome de esposas de oficiais militares (que não podem ter segunda ocupação). Basta ler obras como “Elite da Tropa” para ver como essas empresas se criam e funcionam, para o bem e para o mal.

  3. saulo de tarso disse:

    vocês estão equivócados a segurança privada é muito importante para o pais….

  4. Gregory disse:

    Ola fiz menção a seu artigo sistemasegurancaeletronica.com

  5. Agente Fox disse:

    A segurança privada hoje é fundamental para o auxílio do estado tendo em vista o crescimento desenfreado da violência em todos os estados, fato esse que tem dado e tem ganhado tais espaços que os senhores vieram a citar. Não vejo da mesma forma que alguns citaram, vejo a segurança privada como parceira da segurança pública hoje.

  6. Magno Santos disse:

    Dezenas de cursos online na area de segurança e gestão de riscos.

    http://www.rosegtreinamentos.net.br

  7. Rodolfo disse:

    A segurança particular e privada é extremamente importante para a população. Eu trabalho na Haganá Segurança, http://www.haganaeletronica.com.br, e me orgulho muito do serviço que presto para a população. Já que a segurança brasileira não nos deixa seguros, precisamos nos proteger como podemos.

  8. Francisco Emidio disse:

    Ola boa noite : a segurança privada cresse não é pelo fato da segurança publica, não da conta dos crimes. Mais sim pelo fato das duas seguranças, serem independentes. Inclusive é a segurança publica que cuida e fiscaliza a segurança privada. A segurança publica não pode por lei, exercer o papel de segurança privada. É por isso que a segurança privada subsidiaria a segurança publica..

  9. eliomar francisco da silva disse:

    A SEGURANÇA PRIVADA HOJE NO NOSSO PAIS E DE GRANDE IMPORTANCIA PARA O POVO BRASILEIRO POR QUE SABEMOS QUE A SEGURANÇA CONCUSADA NA AREA PULBLICA NAO ESTAR DANDO CONTA POR QUE O NOSSO POVO CRESCE A CADA ANOE POR ESSE MOTIVO EU POSSO AFIRMA QUE SE MELHORARUM POUCO MAS A SEGURANÇA PRIVADA COM CERTEZA A SEGURANÇA PUBLICA ENTRE AS POLICIAS CIVIL E MILITAR TERÃO MAS CABARITO PARA COBATER A VIOLENCI DE MANEIRA CORRETA E EFICAZ MAS QUE POREM POSSO ACRESCETAR QUE TEMOS UM GRANDE PROBLEMA NO PAIS TEMOS QUE ACABAR COM A CORRUPÇÃO E AS VANTAGEM DE MUITOS MELIANTES QUE ESTÃO NAS CADEIAS PULBLICAS POR SABEMOS QUE A JUSTIÇA ESTAR DEIXANDOA DESEJAR POR FALTE DE RESPOSABILIDADE PARA COM O PAI DE FAMILIA QUE PASSAA MAO PELÁ CABEÇA DE VAGABUDOS E CONVARDES QUE FICA A MATAR A SOCIEDADE TODOS OS DIAS ENTRE ATE MESMO OS PROFICIONAS DA SEGURANÇA PULBLICA E PRIVADA QUE SERVE BEM A SOCIAEDADE DESTE PAIS.

  10. Isaias Antonio disse:

    Artigo muito pertinente sobre a segurança. Parabenizamos toda equipe pela produção de divulgação do conteúdo.

    Academia de Segurança

  11. HILTON VICENTE DE SOUSA NETO disse:

    Experimentem tirar todos Vigilantes das repartições públicas e similares, tirar os Vigilantes dos bancos ( Entidades Financeira) e dos Shoppings que muitos amam frequentar e assim por diante!!??
    Seria bom?!
    Creio que não pois a Segurança Publica hoje em todo país não tem contigente para garantir a SEGURANÇA DA POPULAÇÃO.( E Frizar que não é culpa das Forças e sim das velhas Políticas de não saberem gerenciar as forças pois políticos deixaram de investir e nos quartéis ,Onde Guerreiros ainda sim estão treinando e lutando por nós e as vezes com sacrifício da própria vida nas ruas ; Defendem a quem estiver precisando)
    Fica a Dica !!
    Valorizar o Vigilante Patrimonial deveria ser REGRA em Nosso País.
    O Nosso Instrutor além de dar uma aula sobre a Segurança Privada no seu texto; Ele está mostrando que o povo pode contar com a Segurança Privada em ” X” Locais para proteção de todos.
    Obrigado pelo texto Comando.
    Obrigado por Multiplicar seus Conhecimentos conosco.

  12. Oseias Costa De Almeida disse:

    o texto é bem esclarecedor, a segurança privada não está para ser concorrente da segurança publica, embora alguns agentes publico tenha esta visão, mas a segurança privada é uma extensão da segurança publica. Não devemos ter olhar de rivalidade e sim de aliada contra o crime que cresce a cada dia. segurança privada é o olho onde a publica não está.

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