Armando Monteiro admite divergências com Eduardo, mas descarta rompimento

por Carlos Britto // 28 de junho de 2011 às 10:34

Se não serviu para inviabilizar a possibilidade de um novo mandato para a atual mesa diretora da Assembleia Legislativa, a divergência do PTB – mesmo com três rebeldes – foi um aviso ao governador Eduardo Campos (PSB) de que “aliado não é subordinado”. E se restava alguma dúvida de que o PTB baixaria a guarda para os interesses exclusivos do Palácio das Princesas, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), presidente estadual do partido, deixou claro, em entrevista à Rádio Jornal, que novas divergências podem surgir. Contudo, também fez questão de “frisar, mais uma vez, que não há “fundamento nas especulações que apontam para o rompimento” da Frente Popular.

O senador esclareceu que, diferentemente do que foi propagado nos bastidores, o governo não se posicionou como interessado na aprovação da “PEC da reeleição”. “Nunca foi algo que tivesse colocado ou escrito como um compromisso da aliança, portanto isso não poderia ensejar nenhum rompimento”, argumentou.

Assim, Armando se colocou como “aliado leal” do projeto encabeçado por Eduardo Campos para Pernambuco, minimizando qualquer desgaste que possa ter ocorrido por conta do posicionamento do PTB na votação da Assembleia. “Acho que sou um aliado de primeira hora. Fui eleito por esse conjunto de forças e tenho compromissos com Pernambuco”, disse.

Contudo, a relação de companheirismo de Armando com a aliança, como ele não hesitou em destacar, difere de uma relação subalterna. “O aliado pode discordar, há espaço para a divergência, desde que ela se dê no limite do respeito e da observância de certos compromissos, portanto eu serei sempre um aliado leal, mas isso não significa que não possa, eventualmente, divergir”, explicou.

Mais uma vez, o senador justificou a orientação de voto dada pelo PTB aos seus partidários: “Por entender que não se pode ficar mudando a Constituição do Estado ao sabor de certas conveniências ocasionais. É a terceira vez que se muda essa regra em função de certos interesses relacionados com a manutenção de grupos na mesa da Assembleia”. O partido vai se reunir em julho, ainda sem data definida, para avaliar possíveis punições para os deputados Clodoaldo Magalhães, Everaldo Cabral e Francismar Pontes, que votaram favoráveis à PEC, contrariando a orientação do PTB. (informações/Jornal do Commercio)

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