Em comunicado recebido da Missão dos Estados Unidos para as Nações Unidas, o Ministério da Saúde foi informado da proibição imposta ao ministro Alexandre Padilha de participar presencialmente da reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A decisão viola o Acordo de Sede com a ONU e o direito do Brasil de apresentar as suas propostas no mais importante fórum global de saúde para as Américas. O país é uma referência em saúde pública mundial e um dos principais articuladores de ações voltadas à defesa da vacina, da ciência e da vida.
Para a viagem aos Estados Unidos, os termos do visto concedido permitem exclusivamente a ida a Nova York, com deslocamentos restritos do hotel para a ONU, além de instalações médicas em caso de emergência.
Em razão dessas limitações, consideradas pelo governo brasileiro “infundadas e arbitrárias” ao exercício diplomático brasileiro, o ministro Alexandre Padilha decidiu não participar das atividades para as quais foi convidado e permanecer no país, dedicado à votação da Medida Provisória do Programa ‘Agora Tem Especialistas’ no Congresso Nacional, uma prioridade de sua gestão.
“Não se trata de uma medida de retaliação ao ministro, mas ao que o Brasil representa na luta contra o negacionismo que retira o direito de crianças de se vacinarem e guia os retrocessos relacionados à saúde que a população norte-americana enfrenta. A participação do Brasil é determinante para a criação de uma rede inédita de produção de vacinas na América Latina envolvendo Argentina e México, e beneficiando todos os países vizinhos com redução de custos, geração de renda, desenvolvimento e maior autonomia na oferta de vacinas”, declarou o Ministério.
Articulações
Todas as articulações estão mantidas com a delegação do Ministério da Saúde em Nova York e Washington, e reforçadas por reuniões do próprio ministro em eventos como a COP 30, diálogos bilaterais e missões com representantes do Mercosul e do BRICS, blocos com presidência do Brasil. “A ciência continuará a avançar e o Brasil não deixará de atuar pela sua soberania”, completou. As informações são da Agência Gov.



A história da evolução da civilização demonstra que estamos vivenciando nesses dias atuais um retrocesso. Quando os homens não tinham regras no convívio, imperava a lei do mais forte, com o esmagamento dos mais fracos. O objetivo do Trump é que todos os países se ajoelhem para suas ações imperialistas. Limitar os passos de um representante em terras de tio Sam, se revela tentativa de humilhar o Brasil, limitar articulações do Brasil em busca da difusão da ciência. As justificativas odiosas do governo americano esconde as reais intenções, que no caso são medidas para manter o resto da América dependente do capital americano. Faz muito bem o ministro em não se curvar aos caprichos birrentos do Trump.