Alepe debate prevenção ao feminicídio e à violência de gênero

por Carlos Britto // 12 de dezembro de 2025 às 11:27

Foto: Gabriel Costa/Alepe

A Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional (SSMO) e o Departamento de Projetos Sociais Institucionais da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizaram, quinta-feira (11), uma ação de conscientização voltada ao enfrentamento da violência de gênero e à prevenção do feminicídio. A atividade ocorreu em parceria com o Instituto Banco Vermelho (IBV) e teve a participação de Kátia Cristina Xavier, mãe de Renata Alves, vítima de feminicídio ocorrido em 2022.

Na ocasião, o superintendente geral da Alepe Aldemar Santos afirmou que debates como esse são essenciais para a denúncia das agressões. “É papel desta Casa ampliar a conscientização e dar luz aos desafios enfrentados pelas mulheres em nossa sociedade”, expôs.

A administradora Renata Alves, de 35 anos, foi assassinada pelo namorado em 6 de agosto de 2022 dentro do apartamento em Campo Grande, na Zona Norte do Recife. Em homenagem a ela, está tramitando na Casa o Projeto de Lei (PL) nº 3567/2025, de autoria do deputado Wanderson Florêncio (SD), que institui o Dia Estadual em Memória das Vítimas de Feminicídio – Lei Renata Alves. Mãe de Renata, Kátia Cristina, cobrou que a Lei seja aprovada o mais rápido possível. “É um alerta não só para as mulheres, mas também para os familiares e amigos. Não se trata apenas do feminicídio, mas também de todas as violências que acontecem com as mulheres”, disse Kátia.

Debate

Fundadoras e diretoras executivas do IBV, Paula Limongi e Andrea Rodrigues acreditam que a iniciativa da Alepe em promover o debate é fundamental para fortalecer a conscientização e ampliar a rede de proteção às mulheres. Elas também relembraram a instalação do banco gigante em frente ao Palácio Miguel Arraes de Alencar, em setembro deste ano. Para Paula, a medida representa o compromisso da Casa em não aceitar a violência contra a mulher:

É um marco, um mobiliário que reúne todos os canais de ajuda. Ter esse equipamento na frente da Alepe, que foi a primeira Assembleia do Brasil a fazê-lo, é muito simbólico para o nosso Instituto”.

Estudantes

A palestra, intitulada ‘Violência contra a mulher: como identificar, combater e não reproduzir’, foi assistida por alunos do EREM Ginásio Pernambucano, da Escola Estadual São Judas Tadeu e do Lar Batista Elizabeth Mein (LARBEM), além de participantes do Alepe Acolhe. “Para nós é muito importante estar, nesse momento em especial, falando para adolescentes e jovens. A gente sabe que tudo começa na base. É importante educar essa garotada, porque eles convivem com isso dentro de casa, convivem com isso na rua. Então, é fundamental que eles tenham conhecimento”, disse Andrea.

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