A decisão dos agentes penitenciários do Complexo Prisional do Curado (antigo Presídio Aníbal Bruno), na Região Metropolitana do Recife, em paralisar ontem (27) as atividades, reflete um duro retrato das condições destes profissionais em Pernambuco.
O quantitativo necessário de agentes penitenciários — segundo a Resolução 09/2009 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) do Ministério da Justiça, que estabelece a proporção de cinco presos para cada agente penitenciário — seria no mínimo 5 mil agentes em todo o Estado. Mas só existem, atualmente, aproximadamente 1,6 mil. E muitos dos quais em atividades administrativas.
Restam mais de 900 concursados aprovados na primeira etapa do certame, sem que o Governo do Estado os convoque para as demais etapas e fases do concurso. Desde a posse dos 777 aprovados no início de 2012, pelo menos 50 agentes migraram para outros concursos, em decorrência da falta de condições de trabalho e salários altamente defasados.
Além disso faltam equipamentos de segurança, radiocomunicadores e coletes suficientes e adequados para todos os agentes. Há ainda os casos de viaturas que transportam presos irregularmente, pois muitas não possuem xadrez, trafegam sem documentação, não possuem cinto de segurança para agentes e presos, não há ventilação para os detentos — o que pode levá-lo a óbito – e ainda não passam por manutenção periódica preventiva. Reclamação é o que não falta.



O ser humano não para no tempo. O avanço tecnológico tem ganhado uma velocidade inacreditável. A ciência evoluiu surpreendentemente. Tudo isso, sem querer entrar no mérito religioso, já foi previsto pelas Escrituras Sagradas, muitos anos atrás. Mas, infelizmente, a essência humana continua a mesma. Ao invés de estarmos usando toda tecnologia, toda ciência, para diminuir as diferenças, as injustiças, para diminuir a fome e a sede no mundo, as usamos de maneira egoísta, visando o lucro abusivo, agindo sem escrúpulo, sem pensar no próximo, sem o verdadeiro AMOR. O amor não é egoísta, não guarda mágoa, não é individualista, não é singular, é plural, é coletivo, é o bem comum. E em consequência disso tudo, as práticas organizacionais das Nações são as mesmas, desde o início das relações entre os homens. Quem está no poder tira as forças dos dominados, o povo, a massa de operários. Para com isso, dominar sem resistência. O domínio se estabelece não pela democracia, mas pela opressão, pelo enfraquecimento dos cidadãos, financeiramente. . Mantendo uma carga tributária altíssima, sem chances de qualquer trabalhador honesto, “respirar” e se fortalecer economicamente. Também, pela perseguição dos que enfrentam seus “chefes”, pelos gestores, que estão em condições melhores de trabalho e ganham muito bem para isso intimidando aqueles que ainda têm coragem de reivindicar. Porque não adianta lutar contra qualquer estado de jugo, somente com a criticidade, somente com a coragem e o conhecimento. O poder financeiro é uma das maiores armas que existe. Com ele, compra-se quase tudo, inclusive a honra de muitos. Portanto, as práticas trabalhistas de hoje, são as mesmas praticadas à época do Mercantilismo. A diferença é que constitucionalmente, a lei garante direitos, mas que nem sempre são praticados pelas empresas, nem muito menos, pelas organizações públicas, que deveriam dar o exemplo. Na mídia, tanto um lado como o outro, fala o que mais lhe convém. Há sempre o jogo de interesses de ambas as partes. Mas, infelizmente, chega-se ao cúmulo da irresponsabilidade, quando os fatos desmentem os argumentos. Argumentos de um secretário, que tem como prioridade enfeitar os acontecimentos que possam sujar a imagem daqueles que estão no poder. Faltando com a verdade, para encobrir os descasos que o governo comete, em detrimento de uma categoria de profissionais, que sustentam com muita coragem, um SISTEMA PENITENCIÁRIO falido, colocando em risco suas próprias vidas, que quando atingidas, não têm nenhum apoio daqueles que os chefiam. Eles, os gestores, estão muito mais preocupados, em manter a falsa aparência de um governo que está dando certo, que não quer a verdade na imprensa, mas que ilude o povo com conversas bonitas, articuladas. Mas, a verdade é uma só. Os AGENTE PENITENCIÁRIOS exercem com muita coragem uma função, que poucos querem exercer. Colocam suas vidas e a de seus familiares em risco constantemente. Não pela truculência dos Agentes, que alguns insistem em insinuar que é o motivo pelo qual são ameaçados, mas pela missão de disciplinar, de controlar, de evitar que eles fujam. Muitos sabem quais são as pessoas que nós disciplinamos no dia-a-dia, nem mesmo as famílias lhes suportavam quando estavam soltos. Depois de presos, passam a ser tratados como coitados, como vítimas, pelo governo, pelos “direitos humanos”, pelos parentes. Todos nós sabemos, que vítimas são, as pessoas que tiveram suas vidas ceifadas, suas filhas estupradas, seus bens roubados, por estes INÚTEIS, que não querem trabalhar, que querem viver perturbando a ordem pública, que querem enfim, gerar o caos, instalando a insegurança nos seios das famílias de bem. QUEM ESTÁ PRECISANDO DE APOIO E DE LEIS FAVORÁVEIS, NÃO SÃO OS BANDIDOS, MAS SIM, OS PROFISSIONAIS DE TODAS AS ÁREAS, INCLUSIVE DA SEGURANÇA PÚBLICA.