Fiscais da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) iniciaram nesta semana uma ação conjunta de monitoramento do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) em 20 propriedades produtoras de manga em Petrolina, com produção destinada aos Estados Unidos. A operação segue até esta quinta-feira (18) e tem como objetivo assegurar que os produtores cumpram os protocolos fitossanitários acordados entre Brasil e EUA para o controle da mosca-das-frutas.
As equipes da Adagro, vindas das unidades de Petrolina, Caruaru, Recife, Sanharó e Palmares, estão vistoriando as áreas para verificar os requisitos técnicos do SMR, conforme o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e o Animal and Plant Health Inspection Service (APHIS/USDA), órgão do governo norte-americano responsável pela inspeção sanitária animal e vegetal.
Nessa quarta-feira (17), três equipes visitaram sete propriedades, fiscalizando 36 Unidades de Produção (UPs). Foram verificadas 47 armadilhas para medir os níveis de infestação e analisados 27 livros de acompanhamento com registros fitossanitários. Durante a ação, duas notificações foram emitidas para ajustes nos registros, informou a fiscal Denise Escobar, que coordena a iniciativa junto com Maria Lisiê Santana, gerente regional da Adagro em Petrolina.
Atualmente, 144 UPs participam do Programa de Exportação de Mangas para os EUAs, distribuídas nos municípios de Ibimirim (1), Lagoa Grande (3), Santa Maria da Boa Vista (3) e Petrolina (26). No total, a área cultivada soma 2,6 mil hectares, com produção estimada em 93,7 toneladas de manga para exportação.
As atividades de fiscalização incluem inspeção nas áreas produtivas, monitoramento e controle da mosca-das-frutas com uso de iscas, armadilhas, pulverizações e manejo cultural. Além disso, os fiscais analisam registros de monitoramento e os cadernos de campo, avaliando se os protocolos do APHIS/USDA estão sendo seguidos.
O risco da praga
As moscas-das-frutas (Anastrepha spp. e Ceratitis capitata) estão entre as principais pragas que afetam a mangueira, provocando prejuízos diretos à produção e também às exportações, devido às barreiras quarentenárias impostas por países importadores.


