Abertas em Petrolina inscrições para workshop sobre Saúde da Criança com Deficiência

por Carlos Britto // 02 de novembro de 2017 às 14:30

Com o tema “Porque meu filho também é gente!”, o Núcleo de Práticas Sociais Inclusivas (NPSI) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) irá promover o 1º Workshop Saúde da Criança com Deficiência. O evento será realizado no dia 25 de novembro, das 8h30 às 18h, no auditório da Biblioteca do campus-sede, em Petrolina, que tem capacidade para receber 120 pessoas. O workshop é voltado para estudantes e profissionais da área de saúde e está com as inscrições abertas até o preenchimento das vagas.

O workshop é realizado em parceria com o Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) da Univasf com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e do Grupo Raros, formado por mães de crianças com deficiência. A ideia de promover o evento, inclusive, surgiu do contato entre a equipe do NPSI e as mães do Grupo Raros. As inscrições devem ser feitas através de formulário online.

programação do evento terá início com uma conferência de abertura, ministrada por videoconferência pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Francisco Lima, sobre o tema “Saúde da Criança com Deficiência: compromisso de todos”. Em seguida, acontecerão rodas de diálogo sobre os temas “Perspectivas de atendimento em saúde à criança com deficiência” e “Sou mãe de criança com deficiência… Sou mulher… Sou gente….” – esta última mediada pelas mães do Grupo Raros. Já durante a tarde acontecerá o espaço “Saúde da Criança com Deficiência: vivências e práticas através de teatro”, em que serão simuladas situações de atendimento à criança com deficiência.

Tema

O tema do Workshop surgiu de um relato feito à equipe do NPSI por Joelma Maria dos Santos Silva, uma das mães do Grupo Raros. Seu filho, Joab dos Santos Silva, tem paralisia cerebral e síndrome de Moebius, distúrbio neurológico caracterizado por paralisia não progressiva de nervos cranianos e que causa pouca expressividade facial e estrabismo convergente.

Joelma conta que sempre esteve com o filho, hoje de 16 anos, em espaços como a igreja e o shopping, e que a reação dele sempre foi positiva. Porém, há cerca de quatro anos, durante o momento de um culto, ele começou a passar mal e ter crises. Quando Joelma levou a criança para a consulta com a neuropediatra, foi repreendida pela médica. “Ela queria que eu vivesse com ele preso. Mas eu disse a ela: ‘Meu filho também existe! Meu filho também é gente!’”, contou Joelma. O evento tem o objetivo de orientar quem está em formação em saúde e os próprios profissionais sobre como se relacionar com as crianças com deficiência.

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