A votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2026, apesar de aprovada ontem (4) de forma unânime pela Câmara de Vereadores de Petrolina, não deixou de ter seus momentos de embate entre governistas e oposicionistas. Um dos discursos mais duros foi proferido pelo líder da oposição, Professor Gilmar Santos (PT).

Aproveitando a presença de profissionais de odontologia no plenário, o vereador afirmou que, enquanto a gestão não dá reajuste salarial à categoria e vê o município com 100 mil pessoas passando por insegurança alimentar, o prefeito Simão Durando envia à Casa um orçamento bilionário.

Um dos alvos do Professor Gilmar é o Natal Luz deste ano, chamado ironicamente por ele de “Natal da neve”. O oposicionista disse ainda que, embora tenha apresentado mais de 60 emendas, sem a participação população estas serão simplesmente engavetadas pelo prefeito. Ele citou ainda supostos “esquemas” da gestão, que destina nada menos que R$ 400 milhões do orçamento para pagar cabos eleitorais.

As palavras do oposicionista não foram bem digeridas pela base governista. Ronaldo Cancão (Republicanos), por exemplo, se disse “ofendido” e pediu respeito ao colega de Legislativo. Outro que rebateu veementemente as críticas foi Josivaldo Barros (Republicanos). Bastante incomodado, ele mencionou termos usados pelo Professor Gilmar, como “cachorrinhos”, em referência à bancada governista, para chamar atenção da Mesa Diretora sobre a Comissão de Ética no intuito de impor respeito aos vereadores que se se sentiram agredidos.