Integrante da bancada de situação na Câmara de Petrolina, o vereador e 1º secretário da Mesa Diretora, Gabriel Menezes (PSD) estava com a língua afiada na sessão da última quinta-feira (16), quando a Casa Plínio Amorim aprovou projeto de lei do Executivo beneficiando a categoria de motoristas por aplicativo. Os alvos das críticas do governista foram o líder da oposição, Professor Gilmar Santos (PT), e seus colegas Dhiego Serra (PL) e Ronaldo Silva (PSDB).

Começando por Dhiego, Gabriel afirmou que o colega de Legislativo anda exaltado na Casa devido à “tensão pré-eleitoral”, por ter seu nome preterido pelo partido na tentativa de buscar uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Segundo o vereador, o deputado federal Coronel Meira disse em recente entrevista a uma rádio local que o PL apoiará a jornalista Lara Cavalcanti. Ele citou ainda o fato de Dhiego ter sido diretor do Prodecon na gestão do ex-prefeito Miguel Coelho (UB).

Quanto a Ronaldo, Gabriel lembrou que ele havia sido relator de um projeto que originou a Lei Municipal nº 3.094/2018, regulamentando o serviço de transporte individual privado de passageiros – revogada pelo projeto enviado pelo atual prefeito Simão Durando (UB), aprovado na última sessão. Já em relação ao Professor Gilmar, o governista afirmou que na legislatura passada ele foi um dos que aprovaram o aumento no salário dos vereadores. “Eu não estava aqui, também votaria, não cabem a mim hipocrisia de minha parte”, desabafou. Ele disse ainda que, em 2025, o líder oposicionista também ajudou a aprovar um auxílio de R$ 4 mil para os vereadores.

Respostas

Os três colegas citados devolveram as críticas de Gabriel. Dhiego afirmou que o governista, o qual era oposição ao Governo Miguel Coelho e defendia o povo, mas nessa legislatura “é amarrado ao sistema”. Já Ronaldo não negou em nenhum momento que aprovou o projeto de 2018, porque à época os motoristas de aplicativo sofriam perseguição dos taxistas. Como o atual cenário mudou, ele argumentou não ter visto nada demais em ajudar a revogar a lei.

Sobre os salários dos representantes da Casa Plínio Amorim, Professor Gilmar rebateu o governista ao afirmar ter respaldado o aumento, “mas vou colocar (seu salário) sempre a serviço dos trabalhadores e da população, e não de privilégios”. Gilmar lembrou ainda que Gabriel retornou à Casa, em 2024, por um projeto diferente daquele que defende hoje, mas ressaltou que isso quem deverá avaliar é o eleitorado petrolinense.