O julgamento de Claudionor Alves de Souza, 62 anos, acusado de matar e enterrar o corpo da comerciária Jackeline de Almeida Silva, 22, na residência dele, no N-9 do Perímetro de Irrigação Senador Nilo Coelho, Zona Rural de Petrolina, teve um desfecho, ontem (16), esperado pela família da vítima no Fórum Dr.Souza Filho, onde aconteceu o júri popular. Claudionor foi condenado a 22 anos e três meses de reclusão.
A pena aplicada pelo feminicídio foi de 21 anos e três meses. Já a ocultação do corpo recebeu um ano, além de dez dias-multa.
O Conselho de Sentença do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) reconheceu que o crime foi cometido por motivo torpe, emprego de asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O advogado da família da vítima, Adão Luiz Alves, ainda pode buscar a pena máxima (30 anos) para o assassino, já que o resultado ainda cabe recurso.
Já a defesa de Claudionor alega que ele agiu em legítima defesa e vai buscar reduzir a pena.
O caso
O corpo de Jackeline foi encontrado pela Polícia Civil (PC) no dia 1º de setembro de 2024, enterrado em uma residência do N-9 do Perímetro de Irrigação Senador Nilo Coelho, numa operação que contou também com forças de segurança da Bahia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ela estava desaparecida há três dias. A polícia levou pouco mais de 24 horas para chegar ao autor do feminicídio. Claudenor, então companheiro da vítima, não se conformava com o fato de Jackeline ter terminado o relacionamento. A investigação constatou que o local onde estava o corpo da comerciária era de propriedade do assassino.
Ele, inclusive, já havia tentado matar a ex-esposa na cidade de Cafarnaum, Interior da Bahia, da mesma forma que matou Jackeline (por estrangulamento). O assassinato da comerciária chocou o N-9, sobretudo porque a vítima era muito querida na comunidade.


