O deputado federal Fernando Filho (UB) e o gestor da Agência Reguladora do Município de Petrolina (Armup), Rubem Franca, foram homenageados ontem (9) pela Câmara de Vereadores com moções de aplausos. Mas a homenagem ganhou ares de controvérsia, protagonizada pelo líder da bancada oposicionista, Professor Gilmar Santos (PT).

Em relação a Fernando Filho, o requerimento de autoria de Ronaldo Cancão (Republicanos) foi verbal. O vereador se referiu a um projeto de lei, do qual o deputado é o relator, contemplando 55 milhões de famílias com a Tarifa Social de Energia – ou seja, quem consome até 120 kWh está isento do pagamento da conta de luz. Cancão aproveitou para também enaltecer o presidente Lula, que sancionou a matéria

Líder da bancada governista, Diogo Hoffmann (UB) disse que votaria a favor da moção, se esta fosse apenas relacionada a Fernando Filho. O mesmo afirmou o oposicionista Dhiego Serra (PL), que é da ala conservadora na Casa Plínio Amorim. Evitando criar polêmica, Cancão afirmou que sua moção é para o deputado, mas não deixaria de fazer o reconhecimento a Lula.

 No entanto, em reconhecimento ao projeto citado por Cancão, Gilmar decidiu abster-se de votar a moção para Fernando Filho.

Água e esgoto

A outra moção que deu o que falar é de autoria de Hoffmann, através do Requerimento   0557/25, enaltecendo o diretor-presidente da Armup pela sua luta incansável junto à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para garantir um serviço de abastecimento e saneamento regular em Petrolina. A maioria dos vereadores reconheceu o trabalho e a competência de Rubem Franca, mas Gilmar argumentou que as mesmas críticas que o gestor faz à Compesa, deixa de fazer quando os problemas de esgoto são de responsabilidade da prefeitura municipal.

As duas moções foram aprovadas por ampla maioria. A de Fernando Filho passou por 18 votos, tendo uma abstenção (a de Gilmar). Já a de Rubem Franca recebeu 17 votos favoráveis e duas abstenções – do líder oposicionista e de Ronaldo Silva (PSDB). Este último havia feito sérias ressalvas à atuação de Franca, na sessão de terça (7), ao afirmar que ele estaria infringindo a lei enquanto gestor da Armup, anunciando inclusive que entraria com ação no Ministério Público (MPPE) pedindo sua cassação.