A assembleia realizada no último dia 26 de setembro pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Petrolina (STTAR) que tinha como pauta a escolha da comissão eleitoral e o início do processo que levará às eleições de 2025 tem sido alvo de denúncias de irregularidades.

A ex-presidente do sindicato, Leninha Lima, afirmou que o evento não foi amplamente divulgado e apresentou indícios de favorecimento a determinados participantes.“As assembleias foram publicadas apenas no site e na sede do sindicato, sem divulgação em outros órgãos, como Prefeitura ou Justiça do Trabalho. Além disso, houve abuso de poder, com transporte e atestados oferecidos a pessoas escolhidas para participar”, denunciou.

Ela também apontou uma manobra no desconto em folha que teria impedido vários trabalhadores de participar da votação. “Trocaram o nome da mensalidade sindical por taxa negocial nos contracheques. Muitos foram barrados, inclusive o trabalhador Jerri Adriano, que tinha o desconto regularizado”, afirmou.

O associado Jerri Adriano Ferreira confirmou o relato e contou que foi impedido de participar da assembleia. “No meu contracheque consta o mesmo valor do desconto sindical, só mudaram o nome. Mesmo assim, fui barrado, enquanto outras pessoas, que nem contracheque tinham, entraram e votaram. Isso é revoltante”, disse.

Leninha ainda informou que as irregularidades foram levadas à Justiça do Trabalho, mas que até o momento não houve decisão. “A gente apresentou provas e vídeos do que aconteceu, mas infelizmente não houve análise. Tudo que queremos é garantir que o trabalhador tenha o direito de participar de forma justa e democrática”, concluiu.

O STTAR ainda não divulgou oficialmente a data das eleições. O prazo para inscrição das chapas segue aberto até o dia 11 de outubro. O blog mantém espaço aberto para manifestação da atual diretoria do sindicato sobre as declarações apresentadas.