Cantora Ângela Rô Rô morre no Rio aos 75 anos

por Carlos Britto // 08 de setembro de 2025 às 15:29

Foto: Lucas Ávila/divulgação

Morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos, a cantora Ângela Rô Rô. A notícia foi confirmada por Laninha Braga, ex-namorada que estava cuidando da cantora, e pelo produtor Paulinho Lima, amigo de longa data da artista. Ângela teve uma parada cardíaca após um procedimento cirúrgico. Ela estava internada no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde julho, quando passou por uma traqueostomia por conta de uma infecção no pulmão.

 Ângela vinha recorrendo às redes sociais para pedir ajuda financeira. “Sem perspectiva de alta ou cura para trabalhar, humildemente peço ajuda a vocês“, disse ela em um dos vídeos postados em seu perfil no Instagram. Ao GLOBO, o advogado da cantora, Carlos Eduardo Lyrio, confirmou que ela dependia de doações para seguir se tratando.

Ângela não tem aposentadoria, não tem investimentos, mora num pequeno apartamento que herdou em Copacabana. Sua única fonte de renda é um repasse de direitos autorais, que é muito pouco”, afirmou Lyrio.

Nascida no Rio em 5 de dezembro de 1949, Ângela Maria Diniz Gonsalves ganhou o apelido Rô Rô ainda na infância, devido à sua voz rouca e grave. Na década de 1970, ela iniciou sua carreira, após uma viagem para a Itália, onde conheceu o cineasta Glauber Rocha. Depois mudou-se para Londres, onde foi faxineira em hospital, garçonete e foi lavadora de pratos num restaurante, além de algumas apresentações em pubs.

Por indicação de Glauber Rocha, em 1971, participou do álbum “Transa”, de Caetano Veloso, tocando gaita na música “Nostalgia (That’s what rock’n roll is all about)”. Na volta ao Rio, começou a se apresentar em casas noturnas e foi contratada pela gravadora Polygram/Polydor (atual Universal Music). Seu primeiro álbum, que levou seu nome, lançado em 1979, trouxe apenas composições suas, entre as quais alguns sucessos que marcariam sua carreira, “Gota de sangue”, “Balada da arrasada”, “Agito e uso”, “Tola foi você” e “Amor, meu grande amor”.

‘Escândalo’

Na década seguinte, lançou os discos “Só nos resta viver” (1980) e “Escândalo!” (1981), com a faixa-título composta por Caetano Veloso. No auge de sua carreira, lançou ainda “A vida é mesmo assim” (1984) e “Eu desatino” (1985). Após lançar apenas um disco nos anos 1990, “Ao vivo – Nosso amor ao Armagedon” (1993), ela lança o disco “Acertei no milênio”, em 2000, após largar as drogas, a bebida, o cigarro e perder cerca de 35 quilos ao iniciar uma rotina de exercícios.

Pouco tempo depois, Rô Rô decide largar as drogas, a bebida e o cigarro, e a fazer ginástica (perde cerca de 35 quilos) e lança o disco Acertei no Milênio em 2000. Entre 2004 e 2005, a cantora apresentou o talk-show “Escândalo”, no Canal Brasil.

No ano seguinte, Angela gravou “Compasso” (2006) pela independente Indie Records e um disco ao vivo gravado no Circo Voador, em 20 de setembro de 2006. Nos anos 2010, lançou, pela Biscoito Fino, “Feliz da vida!” ( 2013) e foi homenageada em ‘Coitadinha bem-feito: As canções de Angela Rô Rô’ (2013), tributo com regravações de suas canções com vozes masculinas. Seu último álbum foi ” Selvagem” (2017). (Fonte: O Globo)

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