Curso de Medicina da Facape é alvo de polêmica na Câmara de Vereadores

por Antonio Carlos Miranda // 21 de agosto de 2025 às 18:32

Fotos: Nilzete Brito/Ascom CMP

O curso de Medicina da Faculdade de Petrolina (Facape) ficou no centro de uma polêmica na sessão plenária desta quinta-feira (21) na Câmara de Vereadores. O assunto foi trazido à Casa Plínio Amorim por meio do Requerimento 386/25, de autoria do vereador oposicionista Dhiego Serra (PL).

Em sua proposição, Serra cobra explicações para o que considera “uma série de irregularidades” no curso. A lista consta de dez itens.

O vereador pede esclarecimento sobre falhas na disciplina de Cirurgia; sobre materiais e equipamentos para aulas práticas; ausência de acesso a cenários de prática obrigatórios; práticas obrigatórias negligenciadas; e crise de gestão acadêmica. Dhiego também solicita a apresentação do relatório detalhado sobre o Hospital de Simulação, o planejamento do Internato Médico obrigatório, adequações no concurso público docente, o cumprimento do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e o plano de adequação geral, incluindo o cronograma detalhado para correção de todas as irregularidades apontadas com a definição de responsabilidades e prazos específicos; mecanismos de acompanhamento e prestação de contas à comunidade acadêmica; e medidas preventivas para evitar reincidência dos problemas.

Argumentação

Líder do governo, o vereador Diogo Hoffmann (UB) pediu destaque ao requerimento e rebateu as críticas de alguns colegas. Ele lembrou, primeiro, do processo de regularização e saneamento das finanças da Facape, que mergulhou em dificuldades financeiras durante a pandemia de Covid-19, sendo necessária, inclusive, uma intervenção na instituição. Somente a partir disso, a Facape começou a sair da crise.

Hoffmann disse ter visto “com estranheza” o pedido para que a governadora Raquel Lyra entrasse nesse debate, se as escolas da rede estadual no município passam por sérios problemas. “O kit escolar que era para ser entregue no começo do ano nas escolas estaduais, ainda não foi entregue, e nem merenda está tendo porque as merendeiras não receberam salário”, cutucou.

Dirigindo-se a um grupo de estudantes de Medicina da Facape presentes à sessão, Hoffmann assegurou que a Casa acompanhará “item por item” do relatório apresentado. O governista também parabenizou Serra por trazer uma discussão técnica, e não politizada, sobre o tema. Ele completou revelando sobre uma importante reunião realizada ontem (20), da qual participaram integrantes da bancada de situação que integram as comissões de Saúde e de Educação, além do secretário de Saúde João Luiz e do diretor-presidente da Facape, Professor Moisés Almeida.

Na ocasião, segundo Hoffmann, ficou acertado que o convênio com o Hospital Dom Tomás (HDT) será publicado. Ele informou ainda que os convênios como HGU e Neurocárdio também têm avançando, enquanto o Hospital Dom Malan (HDM) ainda não deu resposta sobre pedido de convênio feito no último dia 6 de maio. Já o Hospital Universitário (HU) disponibilizou apenas quatro vagas para a prática médica, o que tornaria o convênio inviável. Sobre o Hospital Municipal, o governista adiantou que já está sendo construída uma saída jurídica e legal para que os estudantes possam exercer suas atividades práticas. O requerimento de Serra foi aprovado por 19 votos a favor, inclusive com respaldo da situação.

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  1. São frequentas as notícias sobre tombamento de caminhão com frutas, principalmente as mangas, imagino que seja por dois motivos:Carregamento incorreto…