Estudantes selecionados no Programa ‘Ganhe o Mundo’ que tiveram os embarques adiados em 2024 poderão fazer o intercâmbio até 2026, mesmo que já tenham concluído o ensino médio ou completado 18 anos. A garantia está prevista na Lei nº 18.883/2025, proposta em conjunto pelos deputados Rodrigo Farias (PSB) e Renato Antunes (PL).
A norma beneficia 243 alunos que, devido a atrasos na execução deste ano, poderiam ficar de fora. Eles atendiam aos requisitos do programa em agosto do ano passando, quando o edital para 900 vagas foi publicado pela Secretaria Estadual de Educação. Entretanto, parte deles teve as viagens adiadas por motivos administrativos e logísticos, impedindo o cumprimento do cronograma original.
Isso gerou um impasse, já que a legislação atual estabelece critérios rígidos de idade e exclui alunos que tenham concluído o ensino médio antes do embarque. “A aprovação unânime da prorrogação mostra o empenho desta Casa em garantir que esses jovens não tivessem seu direito cerceado. Isso foi feito também em 2022, por conta da pandemia”, explicou Antunes, um dos autores da norma.
“Desse modo, garantimos a todos a segurança jurídica. Ninguém ficará para trás ou deixará de fazer seu intercâmbio”, complementou o parlamentar.
Oportunidade
Criado pela Lei nº 14.512/2011, o Ganhe o Mundo é uma das principais políticas de educação internacional de Pernambuco. A ação do Governo do Estado oferece a estudantes de ensino médio da rede pública a oportunidade de vivenciar experiências de intercâmbio em países estrangeiros.
Rodrigo Farias ressalta a importância do programa. “Ele transforma a vida de jovens e suas famílias. E, por uma questão de falha do Executivo, estudantes que se prepararam e passaram por um processo seletivo difícil corriam o risco de não viajar e perder a oportunidade. A lei veio para salvar essa edição”, afirmou o deputado.
Expectativa
Selecionado para um intercâmbio no Canadá, o estudante João Victor Cosmo (foto), da Escola Técnica Estadual Porto Digital, foi um dos que não conseguiram viajar neste ano. “Até agora, minha experiência está sendo de muita ansiedade e aflição, pois não tenho nem sequer previsão de embarque. Mas com essa lei aprovada, me sinto mais aliviado com a garantia de que vou, mesmo com todos esses atrasos”, disse.
Para ele, o Ganhe o Mundo “muda vidas”. “Abre oportunidades e dá voz a diversos jovens de escolas públicas que, muitas vezes, nunca iriam ter acesso a um intercâmbio”, acredita. “Eu sempre sonhei com a oportunidade de aprendizado em outro país, via filmes e séries e falava para minha mãe que eu queria estar ali, mas ela sabia que, nas nossas condições, eu não poderia. Agora sou intercambista, pronto para ganhar o mundo”. As informações são da Alepe.


