Operação contra furto de água no Agreste recupera vazão desviada em Jataúba

por Carlos Britto // 11 de agosto de 2025 às 15:27

Foto: Ascom Compesa/divulgação

Uma operação da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), em parceria com a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, combateu o furto de água no município de Jataúba, no Agreste. A ação resultou no aumento da vazão de chegada à cidade. Foram recuperados 8 litros por segundo e o sistema voltou a operar com 17 l/s. A água desviada estava sendo utilizada para irrigar plantações, abastecer campos de futebol, chácaras com piscina e até para encher açudes.

Esse foi o resultado da ação de combate a ligações clandestinas realizada por três dias no município, e teve o apoio da Polícia Militar (PMPE). A fiscalização foi motivada pela queda de vazão no sistema de abastecimento da cidade, situação que estava prejudicando o abastecimento de 4 mil pessoas.

Cerca de 5 quilômetros da adutora de água tratada foram percorridos na operação, no trecho entre Poço Fundo e a estação elevatória. A fiscalização identificou e removeu oito sangrias clandestinas e 22 ligações irregulares. Uma das situações mais alarmantes encontradas foi a construção de uma cisterna de grande porte com ligação irregular, acompanhada de uma piscina. A operação, realizada há poucos dias, foi coordenada pela Gerência de Inteligência Patrimonial da Compesa e contou ainda com o apoio da Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe.

Graças ao combate ao furto nesta rede, será possível cumprir o calendário de abastecimento na cidade e melhorar o atendimento à população, que vinha sendo prejudicada pelos furtos. No total, participaram da operação 16 profissionais, com apoio de uma retroescavadeira, um caminhão, seis veículos, duas viaturas, um drone e um georradar, equipamento que permite mapear estruturas subterrâneas, como tubulações, sem a necessidade de escavações, o que agiliza e torna mais eficaz a detecção de irregularidades.

Crime

A Compesa lembra que o furto de água é crime previsto nos artigos 155 e 265 do Código Penal Brasileiro (CPB), com pena de reclusão e aplicação de multas. A ação ainda prejudica o abastecimento da população e o funcionamento de equipamentos essenciais à sociedade, como hospitais, escolas, creches, asilos e órgãos públicos.

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