Um projeto inovador desenvolvido em Pernambuco promete transformar a produção agrícola no semiárido por meio do uso de abelhas como bioinsumo natural. Aprovado no edital 12/2025 ‘Pernambucanas Inovadoras’, da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE), o projeto “Pollinnova – Abelhas: o Bioinsumo que Impulsiona a Produção Agrícola e a Sustentabilidade” será executado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), através do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga).
A iniciativa é liderada por pesquisadoras da Univasf, unindo ciência, inovação e empreendedorismo feminino para promover a agricultura sustentável. A coordenadora do Cemafauna, professora Dra. Patrícia Avello Nicola, atua ao lado da professora Dra. Carla Daniela de Sales Pessoa e da ecóloga e pesquisadora de pós-doutorado Aline Cândida Ribeiro Andrade.
Com foco na fruticultura irrigada, especialmente na cultura da manga, o projeto será desenvolvido em parceria com a Agrodan Brasil e o Instituto Agrodan Social. O principal objetivo é valorizar as abelhas como polinizadores essenciais no processo produtivo. As atividades abrangem desde o estudo da fenologia reprodutiva da mangueira até a implementação de colmeias racionais nos pomares.
Além de monitorar áreas com e sem o uso das abelhas, o estudo irá avaliar a produtividade, qualidade dos frutos e viabilidade das sementes, oferecendo subsídios para mensurar os impactos ambientais e econômicos do uso dos insetos como aliados da produção agrícola.
A equipe também reúne profissionais de diferentes áreas: a ecóloga Aline Andrade ficará responsável pelo monitoramento e análise ecológica; a engenheira agrônoma Ariane Estaniele Oliveira dos Santos fará o acompanhamento técnico da cultura; e a engenheira de computação Adryelle Thayne Araújo Linhares irá desenvolver uma plataforma digital com sensores e inteligência artificial, que ajudará no acompanhamento dos dados e na tomada de decisões pelos produtores.
“Esse projeto é um marco para o fortalecimento da agricultura sustentável no semiárido. A presença feminina na liderança da pesquisa e a valorização das abelhas como bioinsumos reforçam um caminho inovador, ecológico e economicamente promissor para a produção agrícola no Vale do São Francisco”, destaca a professora Patrícia Nicola.



Muito bom, isso no entorno da fruticultura irrigada, contudo poderia ser mais abrangente, isto é, em todo o Semiárido, mas para isso tem que ter água, como, se no Semiárido não chove? Isso é uma mentira, em todo o Semiárido chove por ano no mínimo 200 bilhões de metros cúbicos, o que falta é saber utilizar toda essa água e isso passa por armazenar a água através de barramentos. Barragens de superfícies já existem muitas, se bem que sem grandes utilizações, e não é ter simplesmente a água não, o homem do campo, o Nordestino, o trabalhador Rural, tem que ter acesso a equipamentos de irrigação, ASSISTENCIA TECNICA e etc.Uma cultura nativa que não demanda muita água, que é resistente, que dá muita floração para a produção de mel, que é forrageira, que pode produzir um AZEITE bem melhor que o Azeite de Oliva e a FAVELEIRA, cuja fonte de água pode ser pequenas BARRAGENS SUBTERRANEAS.