Durante três dias de vento, sol e emoção, o Rio São Francisco foi mais do que um curso d’água: tornou-se pista, palco e símbolo de celebração. Realizada entre os dias 18 e 20 de julho, a segunda edição da Regata Velho Chico consolidou-se como um dos maiores eventos esportivos aquáticos do interior nordestino, reunindo cerca de 70 atletas de várias partes do Brasil, além de atrair turistas e moradores apaixonados pelo rio e pela natureza.
Com concentração na marina do Iate Clube e provas também na Orla de Petrolina, a competição contou com disputas nas modalidades Windsurf, Raceboard e Canoas Havaianas (OC6, OC2, OC1). A grande novidade deste ano foi a inclusão de uma etapa oficial do Circuito Brasileiro de Fórmula Windsurf, o que elevou o nível técnico do evento e ampliou a projeção de Petrolina no cenário nacional dos esportes aquáticos.
A abertura foi marcada por um momento simbólico e emocionante: a triatleta Ana Augusta e o pescador Leleco, figura histórica da região, chegaram pelas águas trazendo a chave do Velho Chico. O gesto marcou oficialmente o início da Regata, representando o encontro entre gerações, o respeito à natureza e a valorização das tradições ribeirinhas.
O encerramento também reservou um momento especial. O prefeito de Petrolina, Simão Durando, participou da cerimônia navegando pelo rio e entregou, pessoalmente, a chave simbólica do São Francisco ao pescador Leleco. O ato reforçou o compromisso da gestão municipal com a cultura ribeirinha e as raízes do povo sanfranciscano.
“Esse gesto representa o respeito ao nosso rio e àqueles que vivem dele e com ele. A Regata é uma celebração moderna, mas com os pés fincados na tradição. Leleco é símbolo de tudo que o Velho Chico representa para nós: sabedoria, resistência e cuidado com a natureza. Fiz questão de acompanhar de perto esse evento que colocou mais uma vez Petrolina no cenário nacional esportivo”, afirmou o prefeito.
Para Pedro Moura, um dos organizadores do evento, a Regata alcançou um novo patamar. “Mais do que competição, a Regata é um manifesto de pertencimento, de amor pelo rio e de potencial. É esporte, mas também cultura, economia e história”, destacou.
A programação foi encerrada com show gratuito da banda Trio Granah, que levou ao público o ritmo da música regional e fechou a festa com animação e identidade cultural.


