Artigo do Leitor: A Conivência dos Omissos e a Hipocrisia Disfarçada

por Carlos Britto // 16 de julho de 2025 às 20:00

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Neste artigo, o advogado Rivelino Liberalino faz uma análise crítica e direta sobre os riscos do avanço de ideologias socialistas no Brasil. Com referências históricas e exemplos atuais, ele alerta para os perigos da alienação, da manipulação de narrativas e da hipocrisia seletiva em torno da liberdade e da justiça. Um convite à reflexão sobre o valor da liberdade, da verdade e da responsabilidade individual em tempos de polarização.

Confiram:

Quero falar com você de forma direta e sincera, de coração aberto. Não para brigar, humilhar ou impor verdades. Mas para convidar à reflexão — porque já não podemos mais nos dar ao luxo de calar diante do óbvio.

A história não nos poupa lições. Mostrou, de forma dolorosa, que socialismo e comunismo não são apenas ideias encantadoras escritas em manifestos, mas projetos de poder que censuram, prendem, matam e espalham miséria. Mesmo assim, ainda há quem insista em pintá-los com cores heroicas, como se fossem a resposta mágica para os nossos problemas.

O mais triste, confesso, é ver tanta gente inteligente cair nesse canto de sereia. Pessoas com acesso à educação, à informação. Não falo isso para atacar, mas como um alerta sincero. Muitos já trilharam esse caminho e voltaram atrás quando viram o que havia por trás do discurso. Jorge Amado, que dizia amar o comunismo como um pai, o abandonou. Helio Bicudo, que fundou o PT, depois o denunciou pela corrupção. Aldo Rebelo se tornou crítico. Olavo de Carvalho, Carlos Prado Júnior, Heitor Cone — mudaram. Até Dostoiévski, na Rússia, viveu o drama por dentro e escreveu Os Demônios e Os Irmãos Karamázov para nos advertir sobre a desumanidade camuflada de utopia redentora.

Agora, peço licença para perguntar, com humildade e preocupação: como pedir hoje que as pessoas leiam Dostoiévski se um áudio de um minuto já parece cansativo? Chegamos ao ponto de chamar de “podcast” algo de sessenta segundos. Vivemos tempos de pressa, superficialidade, imediatismo.

É parte de um processo global de alienação. Algoritmos escolhem o que vamos ver, ouvir, pensar, sentir. Moldam nossa raiva, nosso desejo, nosso voto. Estamos nos tornando reféns de estímulos rápidos, de curtidas fáceis, de vídeos curtos — sem tempo nem disposição para duvidar, perguntar, refletir.

E nessa distração, viramos presas dóceis para quem quer nos manipular.

Basta olhar para Cuba. Um país que já teve dezenas de jornais hoje repete uma só voz — a do regime. Crianças aprendem desde cedo a adorar o partido. Comida e energia racionadas. Gente vendendo o corpo ou se lançando ao mar para fugir do “paraíso socialista”.

Reinaldo Arenas, que acreditou na revolução, pagou um preço alto. Lutou ao lado de Fidel, depois conheceu o outro lado. Em A Ilha do Doutor Castro, contou o horror diário de quem precisava lutar para comer ou ter luz.

E nós, aqui? Ainda temos quem aplauda esse modelo — sentado num sofá confortável, com ar-condicionado e internet paga pelo mesmo capitalismo que diz desprezar.

É bom lembrar que o socialismo não distribui prosperidade. Ele distribui miséria, nivelando todos por baixo — menos, claro, a elite do partido, que continua vivendo no luxo.

Para sustentar esse engano, é preciso controlar a informação. Não é coincidência que parte da mídia hoje se limite a repetir narrativas prontas. Em vez de investigar, reproduz. Em vez de questionar, defende.

A verdade virou artigo de luxo. A liberdade de expressão, um privilégio reservado a quem aceita repetir o discurso oficial.

Mais revoltante é ver quem explora tragédias para inflamar emoções — mas só quando convém. Clamam por justiça para uns, negam até o direito de anistia para outros. Usam a dor alheia como palanque político, mas ignoram famílias brasileiras destruídas por prisões sem prazo ou por condenações desproporcionais.

A esquerda se apropria da dor dos outros quando lhe serve, mas ignora — ou até aplaude — a destruição de centenas de famílias que hoje enfrentam processos e punições políticas. Aqueles que se dizem defensores dos direitos humanos parecem não ver problema em condenar cidadãos comuns a mais de 15 anos de prisão por atos que, em qualquer democracia séria, seriam julgados com equilíbrio e proporcionalidade.

Essa é a coerência de quem se proclama guardião das liberdades? Liberdade apenas para quem pensa igual? A seletividade da indignação escancara a hipocrisia do discurso.

A esquerda sempre precisou da pobreza para se manter no poder. Sociedades livres, prósperas e esclarecidas não dependem dela. Por isso atacam quem empreende, quem cria, quem trabalha. No Brasil, abrir uma empresa se tornou um ato de coragem e resistência.

Enquanto isso, quem produz é tratado como vilão. Quem vive às custas do sistema, como herói.

Mas, no fim das contas, não existe “nós e eles”. Existe apenas nós — o povo brasileiro. Um povo maravilhoso. Um povo que ama a família, que valoriza o trabalho, que tem fé, que se reinventa todos os dias.

É por isso que escrevo. Não para semear divisão, mas para acordar consciências. Para lembrar, com respeito e franqueza, que a injustiça que hoje bate na porta do vizinho pode bater na sua amanhã.

A liberdade não é um presente dado — é uma conquista diária. E se não a vigiarmos, ela escapa silenciosa por entre os dedos.

O Brasil merece mais. O Brasil precisa — e pode — acordar.

 

Artigo do Leitor: A Conivência dos Omissos e a Hipocrisia Disfarçada

  1. Ex-servidor da PMP disse:

    E eu digo: Xandão, estamos contigo, “Senta a pua” e põe todos na cadeia. Sem você o golpe teria acontecido! Merece um prêmio Nobel da Paz!

  2. Progressista disse:

    O cara tá no séc passado.

  3. Fabrícia de Sá Granja disse:

    É triste a realidade do Brasil.Estamos vivendo uma ditadura do Judiciário,onde um Ministro que não recebeu um voto sequer, está mandando e desmandando no país por ideologia política.
    Um presidente que só fala em defender o pobre e está deixando o pobre miserável,com políticas econômicas e sociais incompetentes..Afinal,tenho uma dúvida,para que serve o congresso mesmo?Os deputados e senadores precisam tomar uma atitude,porque do jeito que está, o Brasil vai virar uma ditadura e eles vão ser os primeiros a cairem.

  4. Mais um belo texto,consciente e com conhecimento profundo do momento político que Vivemos

  5. Antônio Marreco disse:

    Vixe, artigo de natureza claramente reacionária, que não admite a diversidade e uma sociedade plural. Ainda tem a coragem de se escorar em supostos teóricos que animam os incautos que buscam alinhamento com o que se tem de pior, exemplo o ‘ Carvalho’, que foi a bússola da pior espécie de políticos que viscejaram e ainda subsistem, agora praticando atos para dizimar a economia nacional.

  6. Carlos Gouveia disse:

    Ótima Reflexão!

  7. PETRONIO DO REGO BARROS disse:

    Perfeito,já temos quase 40 milhões de brasileiros vivendo com até um salário mínimo, não queremos q o pseudo socialismo aumente esse número de escravos.

  8. Tatiana disse:

    Texto perfeito e esclarecedor, só não vai acordar quem prefere se manter doutrinado.

  9. Cícero Robson disse:

    👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

  10. PETRONIO DO REGO BARROS disse:

    Esse marreco é pato kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkklkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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